O delegado Ricarte de Freitas Teixeira, chefe do DPJ de Guaparari, informou que vai encaminhar o músico Everaldo Alves de Moura, 53 anos, à Superintedência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) para a confecção do retrato-falado da mulher que raptou o bebê Eduardo Dondoni Ângelo, de dois meses, na manhã desta segunda-feira, na rua Santana do Iapó, no bairro Muquiçaba.

A criança estava sendo levada pelo avô para uma consulta no Hospital São Judas Tadeu. Chorando muito, o bebê teria sido entregue por Everaldo Moura a uma mulher que se ofereceu para trocar a fralda do neném afirmando que morava perto do hospital. O músico concordou, mas pouco depois teve um pressentimento e saiu a procura da mulher, mas ela não foi encontrada.

Everaldo buscou ajuda no Conselho Tutelar de Guarapari que acionou a Polícia Militar. O músico disse que a família está abalada com o rapto do neto. "Nós estamos tristes por causa do sumiço do meu neto. Minha mulher e minha filha estão passando mal. Eu não consigo ir para casa, pois sinto a falta dele. Parece que estou vendo o Eduardo. A gente se apegou muito a ele", lamenta o avô.

Além de encaminhar o músico Everaldo Moura à Superintedência da Polícia Técnico-Científica, o delegado Ricarte de Freitas Teixeira apela à população para que faça denúncia sobre o paradeiro da mulher de pele clara e cabelos loiros e lisos. Ele informou que uma equipe de investigadores esteve no Hospital São Judas Tadeu em busca de testemunhas que possam auxiliar nas investigações. "Eu peço à população que fique atenta a vizinhos que chegarem em casa com bebê recém-nascido. As pessoas podem ligar para a delegacia nos números 3161-1031 e 3136-1031.

Na casa da família do músico Everaldo Moura, a avó e a mãe de Eduardo, a adolescente Fabiana Dondoni Ângelo, 13 anos, estavam desoladas olhando o carrinho do bebê vazio. Vizinhos tentavam dar apoio as duas que estavam sozinhas enquanto o músico estava na delegacia. A avó do recém-nascido, Edinéia Dondoni, 35, afirmou que tem esperança em reencontrar o neto. "Eu tenho muita fé em Deus que ele vai aparecer", disse.

A família é da cidade de São Gabriel da Palha e está morando há dois meses na rua da Marinha, bairro Itapebussu, em Guarapari. O pai de Eduardo é um adolescente de 16 anos que namorava com Fabiana sem o consentimento dos pais. Quando desapareceu, o bebê vestia um conjunto de calça e blusa verde claro e estava enrrolado em uma manta branca. A criança tem pele clara e cabelos loiros.