Categoria Agricultura  Noticia Atualizada em 30-06-2006

Manejo de Agrotóxicos
O IDAF, em parceria com SENAR, está realizando nesta semana um curso de manejo de agrotóxicos
Manejo de Agrotóxicos
Maratimba.com

O IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal), em parceria com SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), está realizando nesta semana um curso de manejo de agrotóxicos. Os vinte e dois agricultores são de Jacarandá, Capinzal e Nova Canaã, localizadas no interior de Marataízes. Todos plantam abacaxi do tipo pérola, onde o município é o maior produtor do fruto. Essa lavoura ao longo do seu processo de maturação recebe grande quantidade de defensivo agrícola.

O engenheiro agrônomo Antônio Jorge Freire Mezher do IDAF e participante do curso informou que o mais importante é o agricultor usar o equipamento de proteção individual, pois a exposição continua e o manuseio incorreto pode causar diversas doenças, e aplicado em áreas de matas e córrego levam as envenenamento dos mananciais. "As botas, luvas, protetor facial, balde, medidor são itens indispensáveis para a correta aplicação". O engenheiro salientou a importância dos agricultores comprarem os seus defensivos em lojas autorizadas. "Na região só três estão legalizadas são elas: Agrosolo, Defagro e Apoio Agrícola".

O curso juntou gerações de agricultores como Arcelino Marques, 65 anos, de Capinzal. "Tive muitos amigos inutilizados depois de passarem o veneno. Alguns até morreram de câncer, mas não sabemos se isso foi a causa. Faltava esse tipo de orientação para nós." Ponderou.

Já o técnico Agrícola Farley Pereira Xavier, 18 anos de Nova Canaã, tem preocupação com o uso indevido que pode levar a perdas na lavoura e a sua saúde. A sua fala foi seguido pelos demais jovens presente no curso."Todos nós plantamos abacaxi e reivindicamos um outro treinamento de manejo da lavoura".

Os presentes foram unânimes em questionar a roupa usada para o manejo da lavoura. "Nosso clima é muito quente fica insuportável usar essa parafernália". Disse Farley. Outro fator mencionado a intoxicação constante que comete os agricultores que fazem uso do "remédio" que passam várias vezes ao ano no abacaxi.

O agricultor Gilmar Toledo da Costa relata que da ultima vez que colocou defensivo teve vomito e queimação no estomago. "Cheguei a desmaiar, mas sou diarista e tenho de trabalhar" indagado se estava usando o equipamento de proteção pessoal, disse negativamente.

Alheio as questões do uso do EPI, o engenheiro Dauro Brício Junior do SENAR instrutor do curso, mencionou o objetivo de diminuir o uso do defensivo levando uma nova proposta para o homem. "O ideal é não usar o produto. Mas nessa primeira etapa temos que passar a necessidade de utilizar os equipamentos adequados".


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir