Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-12-2006

Bagre Africano Causa Prejuízos
bagre africano já se tornou uma praga no Rio Itabapoana, que fica na divisa entre os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro
Bagre Africano Causa Prejuízos
Maratimba.com

O bagre africano já se tornou uma praga no Rio Itabapoana, que fica na divisa entre os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Antes abundante de peixes como: robalo, carapeba, tainha, curumatã, pial e cascudos, entre outros peixes de água doce.

Hoje os pescadores só pescam o peixe predador. Onde existe o bagre africano, ele reina sozinho, explica o presidente da Colônia de Pescadores Z-8, Sérgio Marangoni Rody, que abrangem os municípios de Marataízes, Itapemirim e Presidente Kennedy. O presidente se diz apreensivo com o que classifica como mais sério desequilíbrio ecológico, em andamento na região. "O bagre africano não tem valor comercial. Sua carne é dura e perde 50% do seu peso quando é filetado", explica Sérgio.

O aparecimento do bagre africano, o Rio Itabapoana segue um grande caminho. Distribuído por órgãos oficiais, para incentivar a psicultura na região sul. Os açudes, onde são criados se romperam. Através do Rio Preto, que faz divisa entre os municípios de, Presidente Kennedy e Mimoso do Sul, o predador chegou ao Rio Itabapoana, através do seu afluente. Argumenta o Sérgio Rody, que através da Federação dos Pescadores já encaminhou oficialmente o IBAMA, para conter de forma racional, o avanço do bagre africano.

Os pescadores da comunidade de Terreirão, as margens do Rio Itabapoana, estão preocupados com a incidência do bagre africano. Vivendo da pesca no rio, estão passando por dificuldade, pois "o único peixe pescado, é o bagre africano". Diz o pescador Pedro Marques Marvila, que antes pescava, robalo e tainha, de melhor valor comercial. "Dá pena ver o Rio Itabapoana desse jeito". Exclamou outro pescador com lágrimas nos olhos.

Os pescadores do Rio Preto, em Presidente Kennedy também estão sofrendo com a infestação do bagre africano. Os moradores mais antigos estão preocupados, pois era normal pescar robalo, tainha e curumatã, hoje praticamente desapareceram. Tem dia que esse bagre fica até sobre o capim. "Parece uma cobra", disse um velho pescador.

O líder comunitário, Jorge Cancela argumenta: "Por um lado é bom. Tem gente pescando 500 quilos do bagre em meio-dia de pescaria", ressalta ainda, que o bagre africano não é natural do nosso rio, e teme pelo desequilíbrio ecológico.

O bagre africano não deixa outra espécie crescer, e está se tornando um tormento em Presidente Kennedy. Informou o prefeito Aloísio Correa, que espera uma providência dos órgãos ambientais.

"Os agricultores estão matando bagre até de porrete. Quando o rio enche os bagres invadem os pastos. A maioria da população não aprova a carne desse peixe". Disse o prefeito Aloísio.


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir