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Vândalos destroem estátua de Anchieta
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Vândalos promovem destruição de patrimônio histórico na cidade de Anchieta e principal vítima é quem deu o nome a cidade Maratimba.com O município de Anchieta é recortado por belas praias, entre essas se destacam: Praia de Irirí, Castelhanos, Paraty e Guanabara, o município presta uma homenagem a seu mais ilustre morador: o Pe. José de Anchieta que residiu na cidade os últimos três anos antes de sua morte. O Pe. Anchieta é considerado o apóstolo do Brasil, e em 1980 foi beatificado pelo Papa João Paulo II. Para se chegar à sede, no balneário, atravessa-se a ponte existente sobre o Rio Benevente. No Centro da cidade foi erguida uma estátua do beato acompanhado por um índio, mais precisamente o índio Tamoio. A obra juntamente com o Santuário Nacional Padre Anchieta compõem um cenário da peregrinação da fé, e é uma das rotas mais usadas para o turismo religioso. Mas lamentavelmente, o conjunto de imagens, está sendo dilapidado violentamente pela ação de vândalos, num ato de pura insanidade. O descaso com os patrimônios históricos chocam os olhos quando se aprecia a obra de perto. São olhos arrancados, pés e mãos danificadas, e até mesmo podemos encontrar inscrições ofensivas nas estátuas. O empresário paulista Carlos Augusto Viotti, acha tudo isso, um ato criminoso. "Quem fez uma coisa dessas, deveria pagar é na cadeia". Disse Carlos Augusto. Já o seu amigo Newton Carlos Carvalho Mendes, informou que isso em sua concepção trata-se de uma ofensa à humanidade e um procedimento de intolerância religiosa. Para a turista mineira Maria Aparecida Dino, lamenta a desfiguração das imagens e questiona a prefeitura: "Por que ainda não providenciaram a obra de restauração dessas imagens?". Estamos desde o começo da matéria falando do Pe. Anchieta, mas nem todo mundo sabe realmente quem foi a historia do apóstolo do Brasil. Nasceu em 19 de março de 1534 na cidade de São Cristóvão de Laguna, em Tenerife, estudou em Coimbra, Portugal, ingressando na Companhia de Jesus por indicações médicas. Chegou ao Brasil em 13 de julho de 1553, aportou em Salvador, onde peregrinou catequizando os índios, onde aprendeu o Tupi, língua falada pelos índios. Apaziguou conflitos, num episódio que ficou marcado como: "Confederação dos Tamoios". Ajudou a fundar o que hoje é o estado de São Paulo e Rio de Janeiro, foi professor, músico, enfermeiro, sapateiro, taumaturgo, construtor e conselheiro espiritual. O processo de santidade iniciou-se na antiga Aldeia de Reribite, atual cidade de Anchieta, o jesuíta já tinha fama de santo por conta das curas milagrosas que ele obtinha. Entre os relatos destaca-se o caso de um índio aleijado de nascença, que só conseguia andar arrastando-se pelo chão. O mesmo foi levado a presença do Padre Anchieta, que ao recebê-lo juntamente com outros índios pediu para que o índio aleijado se levantasse, mas o pobre índio não podia atendê-lo. Vendo isso o Pe. Anchieta ergueu seu bastão, e quando o índio o tocou, levantou-se e começou a andar para espanto de todos. O beato, como já foi citado nesta matéria, viveu seus últimos três anos de vida no município, que em sua homenagem tem o nome de Anchieta. Faleceu em 09 de junho de 1597, aos 63 anos de idade, 44 dos quais dedicados a formação religiosa do povo brasileiro. Seu corpo foi conduzido de Anchieta até Vitória, onde foi enterrado na capela do Colégio de São Tiago (atualmente, Palácio Anchieta), nos ombros daquele que o mais amou e dedicou sua vida, os índios. Depredar esse símbolo de fé religiosa e histórica, e mostrar o quanto bestiais são nossos gestos. Seja para destruir ou para construir uma história que não cabemos. Para os vândalos, talvez esteja guardado no entulho de sua inconsciência. No município de Anchieta, também está situado o Santuário Nacional Padre Anchieta, que mostraremos na próxima edição. Fonte: Redação Maratimba.com
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| Por: José Rubens Brumana | Imprimir |
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