Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 03-03-2007

ROBERTO CARLOS EM DETALHES
15 anos o autor diz ter levado em pesquisas e entrevistas. 15 anos para cometer erros grosseiros, trocar fatos e personagen
ROBERTO CARLOS EM DETALHES

15 anos o autor diz ter levado em pesquisas e entrevistas. 15 anos para cometer erros grosseiros, trocar fatos e personagens, e inventar alguns personagens que a história apagou, por isso os inventou.

Está de parabéns o autor, muito inventivo, boa imaginação. Tomara que ganhe logo uma boa grana, pois para isso, também, parece ter sido escrito, porque se tiver de indenizar o biografado vai precisar.

Foi boa a estratégia de inventar, personagens e falas, supostamente embasam os "fatos" e dá margem a enrolar a justiça.

Fico imaginando como alguém pode levar 15 anos pesquisando e ainda assim errar? "Cansaço mental"?

Fico imaginando que tipo de entrevistas é esta que põe palavras na boca de entrevistados que nunca diriam o que consta que disseram.

Quem conhece um pouco a história do REI sabe que algumas coisas narradas como fatos da infância dele só podem ser frutos da imaginação do autor, que, sem compromisso com a verdade maior, inventou uma verdade aqui e outra ali para tapar buracos da sua história e vai ao Brasil e ao exterior "a vida como ela não é".

Mas, repito, está de parabéns o autor. Seus 15 minutos de fama estão assegurados, uma boa poupança, também, certamente.


Foto Roberto Carlos


Que sábio ter feito entrevistas com pessoas que não se darão ao trabalho de corrigir-lhe os erros, as palavras inventadas como falas da pessoa entrevistada. Por acaso o autor expôs aos entrevistados o texto a ser publicado, numa averiguação de que os 15 anos de pesquisa não seriam traídos por um "cansaço mental"?

Quem lida com a arte de escrever sabe como maquiar os fatos e reinventar a história, sendo historiador, melhor ainda, adquire uma aura professoral que inibe os demais e protege o autor sob o manto da pseudo-história.

Certa vez eu e meu amigo Valério tínhamos de fazer um trabalho chamado "Sociologia Aplicada ao Direito", inventamos o texto e enchemos de nomes de autores reais que nada tinham a ver com o texto. O professor só olhou um detalhe: nossa bibliografia e deu-nos nota 8, elogiando-nos a pesquisa, todos colegas tiraram abaixo de 5.

Assim reinventa-se a história. Em detalhes.


    Fonte: O Autor
 
Por:  Manoel Manhães    |      Imprimir