Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 14-03-2007

SEXTA VIRTUDE CARDINAL: CORAGEM
Segundo o dicion�rio: do latim cor, cora��o s. f.; firmeza de esp�rito, energia diante do perigo; intrepidez; �nimo; valentia; perseveran�a
SEXTA VIRTUDE CARDINAL: CORAGEM

Segundo o dicion�rio: do latim cor, cora��o s. f.; firmeza de esp�rito, energia diante do perigo; intrepidez; �nimo; valentia; perseveran�a.

Para Jesus Cristo: V�s sois o sal da terra; e se o sal for ins�pido, com que se h� de salgar? Para nada mais presta sen�o para se lan�ar fora, e ser pisado pelos homens. V�s sois a luz do mundo; n�o se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e d� luz a todos que est�o na casa. (Mateus 5:13-15)

No calor da luta: Ontem eu tive coragem de lutar. Hoje terei coragem de vencer (Bernadette Devlin, ativista pol�tica cat�lica na Irlanda do Norte)

Entre os padres do deserto: um grupo de monges do mosteiro de Sceta - entre eles o grande abade Nicerius - passeava pelo deserto eg�pcio quando um le�o surgiu diante deles. Apavorados, todos se puseram a correr.

Anos depois, quando Niscerius estava em seu leito de morte, um dos monges comentou:

- Abade, lembra-se do dia que encontramos o le�o? Foi a �nica vez que o vi ter medo.

- Mas eu n�o tive medo do le�o.

- Ent�o por que correu junto com a gente?

- Achei melhor fugir uma tarde de um animal, que passar o resto da vida fugindo da vaidade.

Em um discurso: O povo h� de virar suas costas para aqueles que insultam a dignidade humana, ao descrever que uns devem ser os mestres, outros os servos. Porque isso transforma cada pessoa em um predador, cuja sobreviv�ncia depende da destrui��o do outro. Assim teremos criado uma sociedade corajosa, que reconhece que tanto negros como brancos pertencem � mesma ra�a, nasceram iguais, e tem os mesmos direitos de liberdade, prosperidade, e democracia. Esta sociedade jamais dever� aceitar de novo a exist�ncia de prisioneiros de consci�ncia (Nelson Mandela, que durante 28 anos foi prisioneiro de consci�ncia, ao receber o pr�mio Nobel da Paz, 10/12/1993)

Diante do mal absoluto: dois rabinos tentam de todas as maneiras levar o conforto espiritual aos judeus na Alemanha nazista. Durante um ano, embora mortos de medo, enganam a Gestapo (pol�cia secreta) e realizam of�cios religiosos em v�rias comunidades.

Finalmente s�o presos. Um deles, apavorado com o que pode acontecer dali por diante, n�o para de rezar. O outro passa o dia inteiro dormindo.

- Por que voc� dorme: - pergunta o rabino assustado. � N�o est� com medo? N�o sabe o que pode nos acontecer?

- Eu tive medo at� o momento da pris�o. Agora que estou preso, de que adianta temer? O tempo do medo acabou; agora come�a o tempo da coragem de enfrentar seu destino.

Em uma praia: O que est� a sua volta? N�o existe alegria nem coragem, apenas terror neste belo entardecer. Terror de ficar sozinho, terror do escuro que povoa a imagina��o de dem�nios, terror de fazer qualquer coisa fora do manual do bom comportamento, terror do julgamento de Deus, terror dos coment�rios dos homens, terror de arriscar e perder, terror de ganhar e ter que conviver com a inveja, terror de amar e ser rejeitado, terror de pedir aumento, de aceitar um convite, de ir para lugares desconhecidos, de n�o conseguir falar uma l�ngua estrangeira, de n�o ter capacidade de impressionar os outros, de ficar velho, de morrer, de ser notado por causa de seus defeitos, de n�o ser notado por causa de suas qualidades, de n�o ser notado nem por seus defeitos, nem por suas qualidades. (in "O dem�nio e a Srta. Prym, 1998)

Segundo um s�bio: A coragem se manifesta em atos, n�o em palavras; n�o � blefe, arrog�ncia, ou loucura. Um homem corajoso � aquele que ousa fazer o que acha certo, e ag�enta com as conseq��ncias de seus atos � sejam eles pol�ticos, sociais ou individuais.

O homem pode obedecer a outro por duas raz�es: por medo de ser punido, ou por amor. A obedi�ncia derivada do amor ao pr�ximo � mil vezes mais poderosa que o medo do castigo.(Mahatma Ghandi, 1869 � 1948)

    Fonte: O Autor
 
Por:  Paulo Coelho    |      Imprimir