Categoria Geral  Noticia Atualizada em 23-06-2007

Pescadores em Guerra com Ibama
Os pescadores da comunidade do Pontal, em Marataízes, partiram para o confronto com o IBAMA
Pescadores em Guerra com Ibama
Foto: Adriano Costa Pereira

Os pescadores da comunidade do Pontal, em Marataízes, partiram para o confronto com o IBAMA, que detiveram três barcos do local e detiveram três pescadores.

Os pescadores revoltados acabaram pegando uma lancha do órgão estacionado num hotel de Marataízes. A lancha Parati 6000 e o rebocador foram queimados na ponte Mauro Madureira que atravessa o rio Itapemirim. Essa decisão foi em represália a prisão realizada pela polícia ambiental de três pescadores e a detenção de três barcos que pescavam lagosta na região das Três Ilhas, em Guarapari.

O clima no local que dá acesso para todo sul do Estado pelo litoral é de revolta e confronto. "Tudo que pedimos é o direito sagrado de trabalhar. Preciso alimentar meus filhos e pagar minhas dívidas", enfatizou Isaias Alves. Disse ainda que os pescadores estejam dispostos a partir para o confronto com a polícia ambiental e fiscais do IBAMA. "Estão tratando os pescadores pior que um assaltante ou assassino", garantiu.

O pescador Floriano da Silva resume que a classe deseja a liberação da pesca de lagosta com rede ou conhecida também como caçoeira ou que os técnicos do IBAMA provem que o covo ou gaiola é viável para a região. Diz que o pescador se preocupa em preservar a natureza e que há mais de sessenta anos essa prática da pesca com rede é exercida na região. "Construí um covo para testar e não consegui pegar nada. Nossa região é de calcário e não da certo esse modo de pescar que é praticado no nordeste", lembrou.

"Pesco desde os quatorze anos é o que sei fazer é a nossa tradição, preciso trabalhar tenho três filhos na escola e não posso comprar nem um lápis para eles", lamentou Mauro Gomes de trinta e seis anos. Disse ainda que o governo gasta milhões para recuperar um prédio totalmente destruído como o Palácio das Águias, no Porto da Barra, e não se preocupa em garantir as condições mínimas para a sobrevivência da classe.

Segundo informações dos órgãos de seguranças a polícia de choque se encaminha para o local.



















    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir