Um dia me perguntaram se em Direitos Humanos eu acreditava. Respondi-lhes da maneira que eu pensava
Um dia me perguntaram se em Direitos Humanos eu acreditava. Respondi-lhes da maneira que eu pensava: -- para alguns dos senadores e deputados, prefeitos e presidentes, pisando nos menos favorecidos, eles (os Direitos Humanos) sempre estão presentes.
Apenas percebemos o sorriso cínico de uns vereadores que enganam o ano todo, não somente os analfabetos, mas, também, os professores. Observamos a ‘harmonia’ de algumas Leis, na verdade, Diretrizes, criadas a partir da natureza fria e calculista de uns governantes, que maldizem o trabalho das meretrizes, mas nada fazem para curar suas cicatrizes.
Os Direitos Humanos inexistem quando o "bom-dia" dos politiqueiros é falso, irônico; quando o olhar repreensivo e egoísta do magnata é lançado àquele dinheiro sujo que compra o que fere e mata. Quando a cidadania é fajuta. Displicência! Pessoas de vocabulário rico, porém, aparência.
Em muitos guetos, o modismo é, redundantemente, geral, violência. A esperança de terem paz é o silêncio, a Lei da Sobrevivência. Há falta de respeito aos idosos – seres pequenos demais para serem vistos pela ‘elite’, sociedade hipócrita.
Falam de Direitos Humanos sem ação – a muitos de nós cabe tão somente os deveres, sem reclamação. Quando a classe operária questiona seus salários tem por resposta, bofetão. Paz na Terra não é sonho de uma Nova Era. Cristo quer para o Mundo a tranqüilidade não a guerra.
Ainda hoje queremos desprender nossos braços acorrentados pela ganância do Poder e gritar bem alto por LIBERDADE e, em campos verdes, não vermelhos, ver nossos filhos brincar e correr.
Direitos Humanos – uma utopia! Nossos direitos são omitidos quando na verdade não deveriam. Nossos votos são para a maioria dos candidatos motivos de brigas, não de alegria.
Penso que temos de mostrar nossa moral. Não basta pintar a cara (ou deixar quem pintem) e fazer "auê", temos sim de arregaçar a manga e fazer valer o DIREITO de viver. "Não entendo a fome se produz o homem, lota os armazéns..."
Enquanto a administração for capitalista haverá miséria, corrupção, desmatamento, pobreza. E o clichê: "eu sou brasileiro e não desisto nunca?" Penso que já desistimos há tempos. Nós mesmos apenas lembramos que somos patriotas em épocas de Copa do Mundo quando vestimos nossas camisas verde-amarelas.
Não apenas no Natal se tem fome; não apenas a cada quatro anos o nordestino do sertão tem de fazer valer seu título de eleitor. Quantos compatriotas não têm os mesmos direitos que os abastados à Saúde, Educação, Habitação, Segurança, ao pão?
Abaixo ao preconceito, somos intelectuais, apesar de nos podarem a faculdade. A escola de muitas de nossas crianças é a carvoaria, o canavial, o sinal de trânsito. A calçada é seu lar doce lar. Os jornais são seus melhores cobertos.
Respeito à etnia! Respeito à diferença! CONSCIÊNCIA. Que todos nós aprendamos a pelo menos escrever B R A S I L, ao invés de continuarmos a viver Brazil!
Fonte: O Autor
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