Categoria Geral  Noticia Atualizada em 15-08-2007

Nostalgia em Mimoso do Sul
Um dos moradores mais ilustres do sítio histórico de São Pedro de Itabapoana é o casal Maurino e Wilma Vasconcelos
Nostalgia em Mimoso do Sul
Foto: José Rubens Brumana

Um dos moradores mais ilustres do sítio histórico de São Pedro de Itabapoana em Mimoso do Sul, é o casal Maurino e Wilma Vasconcelos. Aposentados trocaram a agitação do Rio de Janeiro pela tranqüilidade local.

O imponente casarão remonta a 1863 e pertenceu ao fazendeiro Clarindo Lino da Silveira que dá nome a praça principal onde se localiza o imóvel. O casal é um apaixonado pelo sítio histórico, Sr. Maurino hoje com 80 anos, criado na região foi trabalhar por longos trinta e cinco anos no extinto Instituto do Açúcar e do Álcool. "Mas meu coração pedia minha volta, quando criança brincava por essas ruas e admirava esse casarão que hoje moro", disse contemplando o local que nessa época do Festival da Sanfona e da Viola recebem amigos e parentes vindos de todas as partes do Estado e do Rio de Janeiro.

Na sala de estar curtindo uma prosa "das antigas", estava o amigo de velhas datas e são pedrense de nascimento o aposentado Antevindo Mofati, outro apaixonado por tudo que cerca a vila e pelas fazendas da região que segundo ele estão em processo de dilapidação. "O que acho lamentável, essas fazendas são belíssimas e fazem parte da história do Espírito Santo".

O proprietário nos leva para conhecer o casarão. As salas enormes ornamentadas por móveis da época. Um relógio chama a atenção pelo tamanho e o telefone ainda é daqueles de discar rodando um disco, os quartos são quase todos interligados e o do casal se descortinam para a antiga fazenda Independência que pertenceu ao antigo proprietário do casario. Na mesa farta da cozinha destaque para o doce de goiaba feito por uma antiga moradora.

Sr. Maurino nos conta as histórias do local, com certeza a mais viva na memória de todos os são pedrenses foi a invasão por tropas governistas para retirar a sede do município e levar para o que é hoje a sede oficial. Ressalta com orgulho que nesse episódio uma figura local se destacou: Rosinha Carvalho, filha do mais forte fazendeiro local que ensaiou uma resistência, mas retrocedeu temendo um derramamento de sangue.

"Acho que levaram a sede por dois motivos: o primeiro, os fazendeiros eram anti-getulistas e a ferrovia passando na atual sede e com o crescimento dos armazéns de café resultou nisso", pondera.

E de sua janela visualiza uma São Pedro ainda preservada para as futuras gerações.

    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir