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DE CÉLIO ADRIANO SATLER AO SEMPRE NOBRE MANOEL MANHíES
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Ao percebermos uma pessoa que se afoga num rio, o que você deveríamos fazer? Thomas Jefferson em um de seus primorosos axiomas põe em voga um questionamento: se fizermos um bom ato simplesmente pelo amor (ou temor) a Deus Artigo de Célio Adriano Satler - Atenas Noticias As Plaquetas Humanas, o Ser Humano e a Bondade, pelo Amor do Bem Publicado no site www.atenasnoticias.com.br/ em 10/8/2007 Ao percebermos uma pessoa que se afoga num rio, o que você deveríamos fazer? Thomas Jefferson em um de seus primorosos axiomas põe em voga um questionamento: se fizermos um bom ato simplesmente pelo amor (ou temor) a Deus, acreditando assim estarmos agradando-O, de onde vem a ética do ateu, no caso em evidência? Se devidamente louvarmos as palavras de Jefferson, devemos considerar-nos um "animal social" com um "instinto" de compaixão, acreditando nós num deus ou não. Se formos humanistas, simpatizaremos com o sofrimento de outro ser humano. Se formos um cristão, acreditaremos que a vida da pessoa tem seu valor porque ele ou ela foi "criado à imagem de Deus". Um amigo leucêmico marcou a transfusão no Souza Aguiar com algum tempo de antecedência, como sempre o fizera desde quanto foi acometido pela doença. Em companhia de outro amigo nosso - que com a boa vontade de sempre, de quando em vez acompanhava-o em sua peregrinação e o levava ao Rio de Janeiro. Abasteceram o carro, viajaram quase 1.000 km ida e volta, como de praxe, no intuito de realizar a transfusão que, como sabemos, necessitam os pacientes leucêmicos em vias de delongar um pouco mais a passagem aqui por este planeta. Após o cansaço e a fadiga da viagem, aguardavam a vez, sentados num banco duro de hospital. Eis que uma senhora apareceu repentinamente com a filha, também leucêmica, porém em estado grave, necessitando com urgência da transfusão das plaquetas. Ateu, ele se dispôs prontamente a ceder sua vaga àquela menina - se não me engano, com a idade aproximada entre 08 e 09 anos. Sendo assim, ficou para o próximo retorno ao Souza Aguiar a realização de outra transfusão. A nobreza de caráter não depende de religião, sexo, cor, raça, credo ou mesmo condição social. Nascemos, crescemos, mas parece que nunca aprendemos que, para sermos bons, basta sermos humanos. Fausto Wolff, outro Ateu, não se cansa de repetir que sua única religião é a Humanitária. De repente, falta isso em (quase) todos nós: senso humanitário. Se bem que, perdoe a ignorância, ambos são sinônimos. Agnes Gonxha Bojaxhiu, mais conhecida como Madre Teresa, aquela, a de Calcutá e católica (sei do cacófato), nunca cansou de lutar contra as injustiças sociais sempre ajudando o mais pobre dos pobres. Martin Luther King, negro e pastor Batista, tornou-se um ícone entre os mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis para negros e mulheres em seu país e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. A bondade, independentemente de onde venha, é e sempre será bem-vinda. Um dia quem sabe possamos nos comportar fraternalmente, melhorando nosso discurso e levando a uma prática que conduza-nos a um futuro e um mundo melhores. Infelizmente, pelo que vemos e constatamos, creio que levaremos mais alguns dois mil anos até que consigamos chegar bem próximos de atingir um estágio mais augusto como pessoas humanas, espiritualmente falando. Ao adotarmos o capetalismo como moeda de barganha, o american way life como estilo de vida e enquanto continuarmos elegendo essa corja que se diz cristã e salvadora dos pobres e oprimidos, estaremos fadados à miséria; tanto a física quanto a moral. Num país miserável como o nosso, ligamos a tela da maldita TV e deparamo-nos com um tal de Pan-não-sei-das-quantas que torra milhões de reais a troco sabe-se lá de quê. Que todo e qualquer esporte deve ser revenciado, seguindo o mesmo caminho do futebol (e seu potencial farsesco-milionário), tudo bem; mas antes de mais nada deveríamos privilegiar a educação, investir no saneamento básico e pôr comida no prato de nossa gente. Quem tem fome, também é filho do Homem. Esse tal de Pan até que trouxe algumas benesses pra esse nosso país, que foi o banimento dos miseráveis das ruas. Como sabemos - mas não queremos saber - em época assim, como na Eco 92 (se lembram?), a prefeitura usa como nunca suas carrocinhas em prol do povo, recolhendo quem estiver nas calçadas. Até parece que um sueco acredita numa história dessas! Ao meu amigo Manel, todo o carinho do mundo. Quando o conheci, saquei no mesmo instante, naquele afetuoso ser, uma pessoa humana dotada de caráter e nobreza de alma. Minha namorada, que o conheceu bem antes de mim, sempre teceu comentários sublimes à pessoa que ele realmente é: humana. Que um dia, prezado amigo, após nossa efêmera passagem por essa vida material, possamos nos encontrar num lugar bem distante e, juntos, rirmos do que acontece de mais torpe nesse chão que parece nunca elegermos como lugar ideal para vivermos em paz uns com os outros. Por Célio Adriano Satler - Cachoeiro de Itapemirim, ES Fonte: www.atenasnoticias.com.br/
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| Por: Adriano Costa Pereira | Imprimir |
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