Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 01-09-2007

Técnica Inovadora
O médico Tercelino Hautequestt, especialista em ortopedia, trouxe da Alemanha uma técnica que é tendência no exterior
Técnica Inovadora
Foto: Adriano Costa Pereira

É só cair e quebrar a perna que lá vem o gesso. Se para um jovem, engessar algum membro significa um período longo de molho, sem muita atividade, imagine para um idoso. Acamado, ele pode inclusive desenvolver outras doenças, sem contar com a tristeza de se sentir imóvel por meses. Depois de tudo, as chances de cair e quebrar algum membro, ainda aumentam, de acordo com várias pesquisas.

Por observar o quanto a Terceira Idade está propensa a quedas, o médico Tercelino Hautequestt Neto, especialista em ortopedia, trouxe da Alemanha uma técnica que é tendência no exterior. Trata-se da Técnica de Redução de Fraturas Minimamente Invasiva, que usa uma haste dentro dos ossos longos, para recuperá-los da lesão.

VANTAGENS. Para guiar a haste até o osso - ao qual ela deverá dar suporte -, o médico utiliza um aparelho de Raio-X em tempo real. A haste, que pode ser de titânio ou de aço inoxidável, bloqueia a fratura, e com isso, elimina a dor. Assim, o paciente volta às atividades normais em um mês, em média.

O suporte é biológico, e não desvitaliza o osso, garante o ortopedista. "Além disso, o tempo de cirurgia é menor, e como a técnica é minimamente invasiva, a exposição a infecções também é mínima. A recuperação também é mais rápida, e para idosos, o suporte dá mais confiança e os faz retornar à atividade em menos tempo", aponta Tercelino.

A técnica substitui a imobilização do osso com gesso, mas é contra-indicada em casos de fratura com muitos riscos de infecção.

"Só me dou conta que uso haste quando me lembram dela"

Há cerca de quatro anos, o anestesista Aulair Dias das Chagas, hoje com 70 anos (à direita da foto), molhava os pés na piscina de casa, quando fraturou a tíbia (osso mais longo da perna). A fratura, que foi exposta, fez os ossos atravessarem a pele. A causa não foi osteoporose, mas um traumatismo comum. "A dor foi imensa", lembra.

Logo, Aulair foi levado para a Clínica dos Acidentados, em Vitória, onde o especialista em ortopedia Tercelino Hautequestt Neto sugeriu a introdução da haste. A cirurgia minimamente invasiva foi feita. "Compensa optar por essa técnica. Hoje, só me lembro que uso haste na perna quando me lembram dela", diz ele, satisfeito.

Serviços

Tercelino Hautequestt Neto, ortopedista da Clínica dos Acidentados de Vitória. Tel.: 3232 2266

CAROL SCOLFORO - Jornal A Gazeta

    Fonte: CAROL SCOLFORO - Jornal A Gazeta
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir