Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 18-10-2007

INTELIGÊNCIAS
Para manter seu padrão e excelência em Formação Profissional a Microlins exige que seus educadores passem por uma certificação.
INTELIGÊNCIAS

Para manter seu padrão e excelência em Formação Profissional a Microlins exige que seus educadores passem por uma certificação. E para obter a aprovação nessa certificação me deparei com a pergunta: O que é inteligência?
Como os diversos tipos de inteligência podem contribuir para o desenvolvimento das organizações? Nas palestras e treinamentos que ministro – particularmente naquelas sobre Atendimento, Marketing Pessoal e Vendas & Marketing no Varejo – essas indagações surgem com bastante freqüência.

Então ilustro com a seguinte parábola: "Dois jovens estudantes estão caminhando por uma floresta. De repente, sem qualquer aviso, surge diante deles um faminto leão da montanha. Um deles, que é formado por uma ótima universidade e está cursando um MBA, rapidamente calcula que leão os alcançará em precisos 30 segundos. Ele se vira para o seu companheiro de viagem e diz: ‘Não adianta fugirmos, nunca conseguiremos correr mais rápido que o leão!’. O outro estudante – que sequer concluiu o segundo grau – diz, antes de sair em disparada: ‘Eu não tenho de correr mais rápido que o leão, só tenho de conseguir correr mais rápido que você!".

Ambos os jovens retratados na parábola foram inteligentes, cada qual à sua maneira. O primeiro deles foi "inteligente", se entendermos inteligência como a capacidade de analisar, calcular e projetar. O segundo estudante, no entanto, foi também "inteligente" – se entendermos inteligência como aquilo que nos permite nos adaptarmos a realidade à nossa volta.

Quando pergunto, em minhas palestras e treinamentos, qual dos dois tipos de inteligência as pessoas prefeririam ter, a maioria geralmente opta pelo segundo tipo, mas a verdade é que precisamos de ambas. Um dado que muitas vezes passa despercebido é que o segundo estudante só toma a decisão de sair correndo depois que o primeiro confirma que o leão da montanha é mais rápido que um ser humano.

Se chamarmos a inteligência do primeiro estudante de "inteligência teórica" e a segunda de "inteligência prática", podemos mais ou menos repetir as palavras de um ditado chinês que diz: "Teoria sem prática é inútil, prática sem teoria é perigosa". Ora, teoria sem prática é inútil porque não gera ação – o primeiro estudante ficaria parado esperando que o leão o devorasse – e prática sem teoria é perigosa – porque não tem nenhum controle: é puro impulso, pode levar ou não ao resultado desejado, dependendo das circunstâncias.

Gosto muito de imaginar finais diferentes para essa parábola – talvez eu seja um romântico incurável. Poderia acontecer, quem sabe, de o segundo estudante se recusar a abandonar seu companheiro à sorte, talvez por acreditar ser essa atitude moralmente errada. Ele poderia, por exemplo, pensar consigo: "Se eu fugir agora me salvo, mas terei de viver o resto da vida com a certeza de que sou um covarde". Se isso de fato acontecesse, o segundo estudante estaria também sendo "inteligente", mas de uma forma que apenas agora o mundo empresarial está começando a descobrir. Refiro-me ao conceito de inteligência espiritual, que caminha lado a lado de temas como ética nas organizações, responsabilidade social das empresas e, é claro, liderança e gestão de pessoas.

Diante desse preparo para as certificações que constantemente tenho que me submeter aprendi a necessidade de desenvolver as múltiplas inteligências. Estou desenvolvendo as minhas inteligências. E você? Participe de uma palestra de Marketing Pessoal. Entre em contato por e-mail. Até a próxima semana e obrigado a cada comentário feito a esta coluna.

Fonte: O Autor
 
Por:  Cléber Lopes     |      Imprimir