Categoria Informativo  Noticia Atualizada em 07-11-2007

Processo de desertificação da Lagoa Guanandy
A Lagoa Guanandy, localizada no Gomes em Itapemirim, se tornou a primeira Área de Proteção Ambiental (APA)
Processo de desertificação da Lagoa Guanandy
Foto: maratimba.com

A Lagoa Guanandy, localizada no Gomes em Itapemirim, que se tornou a primeira Área de Proteção Ambiental (APA), da região já apresenta processo de desertificação através de aparecimento de plantas comuns a climas desérticos. O alerta partiu do Presidente do Partido Verde o bacharel em Direito Renato Ayub Alves ressalta ainda que o lençol de água tenha diminuído cerca de um metro por ano.

A Guanandy é responsável pelo o abastecimento das comunidades do Gomes, Joacima,Muritióca, Itaóca e Itaipava e estudos do SAAE, órgão que capta e trata a água do manancial estudo que já detecta esse problema."A captação segundo esse estudo está inadequada".

No passado a lagoa foi alvo de proprietários que plantavam em suas áreas lavouras de abacaxi, com aval de financiamento público do Banco do Brasil e assistência técnica de órgão Estadual que na época chamava EMATER.

O envenenamento e a retirada de sua mata ciliar preocuparam ecologistas que conseguiram transformar a Lagoa Guanady numa APA protegida da devastação.

No começo do abastecimento do manancial para as comunidades afins, ecologistas já chamavam a atenção para o problema visto que no período do verão a população salta para números astronômicos e sua captação aumenta.

O SAAE prometeu que essa captação seria transitória e que usariam águas vindas do rio Itapemirim através de tubulações. Até hoje esse projeto não saiu do papel. Quando começou a captação de suas águas a Guanandy que também é conhecida como Sete Pontas Sete Pontas, se podia constatar esse fenômeno natural. Hoje devido a sua vazante algumas pontas desapareceram.

Segundo dados da época a população abastecida chegava a dez mil pessoas, no começo da década de 90 do século passado, hoje esse número dobrou.

O Presidente do PV Renato Alves relata a existência de uma draga no manancial reforçando o alerta sobre o problema. "Vamos encaminhar aos órgãos responsáveis a nível Estadual para que possam realizar um estudo de impacto ambiental antes que essa beleza da natureza possa ficar num processo irreversível de desertificação", ponderou.


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir