Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 19-11-2007

PODER PERPÉTUO
"Só a cabecinha". Chulo, não? Pois é. Mas. mais chulo é o que se tenta fazer no fazendão da piada pronta, hoje em dia, aproveitando o mesmo conceito
PODER PERPÉTUO

"Só a cabecinha". Chulo, não? Pois é. Mas. mais chulo é o que se tenta fazer no fazendão da piada pronta, hoje em dia, aproveitando o mesmo conceito. De um lado, o atual chefe do desgoverno dá uma de democrata e repele, categoricamente, a idéia de um terceiro mandato. Bem ao seu modus operandi, no entanto, não mexe nenhum de seus nove dedos para impedir que a turma que nunca comeu melado, comeu, se lambuzou e agora não quer largar o pote, se movimente para garantir sua perpetuação no pudê.

E, se antes imaginava-se que a culpa era toda da 51, agora se sabe que o leite 3 em 1 (leite, descolorante e desentupidor) pode também ter sua parcela de culpa nos delírios d'Aquele que Nada Sabe. Aliás, não apenas o leite, mas o gás também pode fazer parte da equação. Quem sabe se, além da marvada, o Apunhalado Pelas Costas também não é dado a uma cheirada na ponta do gasoduto, de vez em quando, em companhia do indiozinho boliviano, marido da Adã?

Se nada disso for verdadeiro, então. das duas, uma: ou é caso de ignorância explícita, ou de uma cara-de-pau fabricada nos porões do í"leo de Peroba.

Explica-se: o Nunca Antes Nesse País confunde (ou cafunde) presidencialismo com parlamentarismo como se milho assado tivesse o mesmo gosto de um curau. Ao responder aos jornalistas, ele cita a longevidade de primeiros-ministros - reconduzidos a seus cargos por meio de um método totalmente diferente do existente no fazendão - e ignora, ou se esquece, ou finge que não viu, ou que não é com ele, o fato de que os primeiros-ministros dos países parlamentaristas podem servir por quinze anos ininterruptos como podem cair em um mês. É um emprego de alta instabilidade, e de um nível de exigência de prestação de serviços - bons serviços - ao país que beira a estratosfera. Primeiro-ministro que promete e não cumpre cai fora em dois tempos.

No fazendão, presidentes que prometem e não cumprem costumam ficar por aí mamando nas tetas do contribuinte por até dois mandatos. Se o povo deixar entrar só a cabecinha, esses malas podem continuar pelo terceiro, pelo quarto, pelo quinto.

Ao mesmo tempo - e isto já foi objeto de matéria recente nos jornais - o atual desgoverno brasileiro tolera a formação de células ditas bolivarianas em nosso território, numa forma de acomodar a ousadia de Don Huguito, o bufão falastrão que uniu dois personagens que se odiavam - Marx e Bolívar - na sua rumba do venezuelano doido e acabou pagando um mico internacional ao ouvir uma ordem de calar a boca vinda do rei Juan Carlos, da Espanha, farto das suas babaquices. Lembre-se que essa tentativa de formar células "bolivarianas", na Argentina - onde o Pingüim é considerado um dos melhores amigos de Don Huguito, rendeu o bilhete azul para o diplodoco que chefiava a embaixada da Venezuela em Buenos Aires.

E o fazendão da piada pronta? Vai bem, obrigado, graças a um desavisado que se fantasia de general e afirma, em tom solene e pseudo-professoral, que por causa da descoberta da megajazida de petróleo - que até segunda ordem pode não passar de uma megapicaretagem diversionista, vide a iminente crise do gás - é necessário e urgente colocar um submarino nuclear patrulhando a área. Haja saco!

Fonte: Direto da Redação
 
Por:  Claudio Lessa    |      Imprimir