Categoria Social  Noticia Atualizada em 04-12-2007

Mulheres ainda convivem com homens em cadeias da Bahia.
Delegacias estão superlotadas e funcionam precariamente. Ministério Público reconhece que não há número suficiente de abrigos adequados.
Mulheres ainda convivem com homens em cadeias da Bahia.
Foto: Agência

Mulheres e adolescentes convivem com homens em três cadeias da Bahia. As delegacias estão superlotadas e funcionam precariamente.

Na delegacia de Luís Eduardo Magalhães, adolescentes sob custódia estão confinados no banheiro com presos adultos. Também não há espaço para mulheres. "Se for autuada uma mulher em flagrante hoje, não temos como separar dos presos", diz o delegado José Resende.

As mulheres detidas geralmente são transferidas para Barreiras. Lá, a antiga delegacia funciona como minipresídio. As presas ficam separadas dos homens apenas por uma grade.

Em Paulo Afonso, a situação é ainda pior. A cadeia tem capacidade para 25 presos, mas abriga 80. Entre eles, nove mulheres e três adolescentes que ficam em celas separadas, mas acabam juntos no pátio, durante o dia.

O delegado Hildebrando Alves da Silva lembra que já houve casos de detentas que tiveram relações sexuais com presos.

Fiscalização
A Procuradoria Geral de Justiça diz que promotores públicos estão fiscalizando cadeias para impedir casos de mulheres e adolescentes que dividem celas com presos adultos. Mas o próprio Ministério Público reconhece que é difícil impedir que principalmente os adolescentes fiquem detidos porque não há unidades em número suficiente para abrigar os menores.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir