Categoria Politica  Noticia Atualizada em 04-12-2007

Irã é perigoso mesmo com programa atômico parado, diz Bush
País 'foi, é e será perigoso', disse o presidente dos EUA sobre programa nuclear iraniano
Irã é perigoso mesmo com programa atômico parado, diz Bush
Foto: http://g1.globo.com

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou nesta terça-feira (4) que o Irã "foi, é e será perigoso" ao desenvolver seu programa de enriquecimento de urânio.

O Irã nega que seu programa nuclear tenha como finalidade desenvolver bombas atômicas. Alega que tem fins pacíficos, para produzir energia. Mas vários países ocidentais, os Estados Unidos à frente, temem que os iranianos estejam blefando e queiram produzir armas atômicas no futuro.

A afirmação de Bush foi feita em uma entrevista coletiva na casa Branca, na qual ele comentou um informe da inteligência norte-americana divulgado um dia antes. Esse relatório ressaltava que o Irã paralisou seu programa nuclear em 2003.

Bush ainda considera a existência de um perigo nuclear iraniano e mantém a opção de um recurso à força contra a República islâmica. "A melhor diplomacia, a diplomacia efetiva, é aquela em que todas as opções estejam sobre a mesa", disse Bush.

O presidente dos EUA afirmou hoje que não tinha conhecimento deste estudo quando advertiu, em setembro passado, que a comunidade internacional deveria impedir a continuidade do programa nuclear iraniano se quisesse evitar uma 3ª guerra mundial.

Para Bush, o relatório da inteligência americana não é uma razão para deixar de exercer pressão diplomática sobre o Irã, porque uma das conclusões do documento é que a estratégia seguida pelos Estados Unidos "foi efetiva". Por isso, disse que a comunidade internacional deve seguir pressionando o Irã em relação a seu suposto programa nuclear.

"Acho que o relatório divulgado ontem é um sinal de advertência, porque poderiam reiniciá-lo. Tiveram o programa e o paralisaram", afirmou Bush, acrescentando que "todas as opções" continuam sobre a mesa em relação às medidas a serem tomadas contra Teerã.

Inteligência americana
Os serviços de inteligência dos Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (3) que o Irã teria interrompido em 2003 seus planos para produzir armas nucleares. Também informaram que o governo de Teerã não parecia tão "determinado a desenvolvê-las" como vem afirmando o governo norte-americano nos últimos dois anos.

Apesar de falar na interrupção do programa em 2003, neste documento as 16 agências de informação dos Estados Unidos dizem acreditar "moderadamente" que o Irã possua condições técnicas, entre 2010 e 2015, de produzir urânio enriquecido suficiente para a construção de arma nuclear.

AFP) - O informe dos serviços de inteligência americanos sobre o Irã deve ajudar a superar a crise sobre o controvertido programa nuclear iraniano, afirmou o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, num comunicado emitido nesta terça-feira.

Agência internacional
Um funcionário de alto escalão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que preferiu não ter o nome divulgado, disse à agência France Presse que o informe da inteligência americana confirma a opinião da AIEA de que Teerã não representa "um perigo iminente".

O documento "confirma as declarações da AIEA dos últimos anos de que não há provas concretas sobre um programa de fabricação de armas nucleares no Irã, tomando como base as inspeções" efetuadas pela agência em território iraniano, afirmou essa fonte à France Presse.

"Isto confirma também o ponto de vista do diretor-geral (Mohamed ElBaradei), de que não haveria perigo iminente e de que há muito tempo para negociar" com Teerã, acrescentou.

A AIEA, no entanto, continua exigindo de Teerã autorização para que uma equipe de agentes da ONU possa realizar novas inspeções sobre suas atividades nucleares, afirmou.

Irã é perigoso mesmo com programa atômico parado, diz Bush. País 'foi, é e será perigoso', disse o presidente dos EUA sobre programa nuclear iraniano. Ontem, a inteligência americana disse que Irã parou plano de armas nucleares em 2003.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir