Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 06-12-2007

Destroços do acidente ainda estão no local
Defesa Civil espera que seguradora de Learjet retire destroços
Destroços do acidente ainda estão no local
Foto: Daniel Santini/G1

A Defesa Civil espera que a seguradora da empresa responsável pelo jato Learjet que há mais de um mês caiu sobre residências na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, tome providências logo para a retirada dos escombros no terreno atingido. A Unibanco AIG, contratada pela Reali Táxi Aéreos, diz que a remoção dos destroços depende de acordos com os sobreviventes da tragédia.

O acidente aconteceu em 4 de novembro e deixou oito vítimas, incluindo dois tripulantes da aeronave. Partes das quatro residências atingidas que resistiram ao impacto seriam demolidas em 6 de novembro, mas um dos proprietários pediu mais tempo para retirar seus pertences e, em vez de derrubá-las, os funcionários da prefeitura instalaram tapumes no local. Em meio ao que sobrou, há móveis, roupas, terra e pertences pessoais das vítimas expostos ao ar livre. Os vizinhos reclamam que o cheiro do terreno é forte e tem atraído ratos e moscas.

"Deve haver comida estragada, algum alimento que sobrou. Às vezes tem carne na geladeira, o cheiro pode ser por isso", diz o coronel Jair Paca de Lima, avisando que a Defesa Civil espera uma solução para o problema em breve. "Ninguém mais que a gente está interessado. Infelizmente, não podemos fazer mais nada, já que o local é uma área particular e a avaliação foi de que as construções que sobraram não oferecem mais riscos."

Sem prazo
Inicialmente, após o G1 divulgar que os destroços continuavam ao ar livre um mês após o acidente, representantes da Unibanco AIG alegaram que a limpeza do terreno dependia de uma autorização da Defesa Civil. Após o coronel se posicionar, a assessoria da seguradora informou que a remoção dos destroços depende do acordo com as quatro famílias que tiveram seus imóveis atingidos.

Até agora, apenas um acordo foi fechado. Segundo a assessoria, não há prazo para novos acertos, já que a negociação não depende somente da seguradora. Ainda de acordo com a empresa, medidas emergenciais para limpar o terreno antes do acerto podem ser adotadas caso a situação fique crítica. Para evitar que outras pessoas entrem no terreno a AIG mantém dois seguranças de plantão em frente ao local.

Defesa Civil espera que seguradora de Learjet retire destroços. Mais de um mês após acidente que matou oito pessoas, escombros permanecem no local. Coronel acredita que mau cheiro pode estar sendo provocado por comida estragada.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir