Categoria Economia  Noticia Atualizada em 10-12-2007

Um em cada cinco senadores já aprovou CPMF no governo Lula
Dos 18 senadores que votarão CPMF pela 3ª vez, 12 deram voto favorável duas vezes
Um em cada cinco senadores já aprovou CPMF no governo Lula
Foto: www.nelsonmartins.com.br

Um em cada cinco senadores que devem decidir nesta terça-feira (11) se a CPMF pode ser cobrada até 2011 (caso a votação não seja adiada) já havia votado a favor do chamado "imposto do cheque" nas duas prorrogações propostas pelo governo Lula desde o primeiro mandato. No retrospecto, o governo leva vantagem nos votos favoráveis.

Dos 81 senadores, 18 estiveram na votação de 2002, que prorrogava a CPMF até 2004, e na de 2003, que ampliou a cobrança até 2007, um ano antes de vencer o prazo da cobrança decidida no ano anterior. Para estender a cobrança até 2011, o governo necessita de 49 votos no plenário.Desses senadores, 12 disseram sim à prorrogação nas duas votações, outros cinco disseram sim ao menos em uma das votações e um deles, o senador José Sarney (PMDB-AP), esteve ausente de uma votação e não votou na outra por presidir o Senado.

A vantagem do governo, entretanto, é relativa. Entre os senadores que votaram a favor das duas prorrogações anteriores está José Agripino (RN), líder do DEM no Senado e um dos principais opositores da prorrogação.

Na semana passada, Agripino disse ao G1 que "a CPMF só interessa ao presidente Lula, para continuar gastando sem controle". O DEM fechou questão contra a cobrança da CPMF junto com seu aliado, o PSDB.

'Nem morto'
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), um dos que votaram uma vez a favor (2002) e outra contra (2003) a prorrogação do "imposto do cheque", disse que, desta vez, não aprova a cobrança "nem morto".

Segundo ele, "esta é a hora de acabar com a CPMF, devido ao excesso de arrecadação e à necessidade de uma reforma tributária".

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), outro que já deu um voto a favor do sim e outro a favor do não deve votar com o governo nesta quinta. É dele a proposta acatada pela equipe econômica de redução gradual da alíquota até a extinção da CPMF em dezembro de 2011.

Pela proposta, a alíquota passaria de 0,38% para 0,36% em 2009, 0,34% em 2010 e 0,30% em 2011. Segundo a assessoria de Valadares, ele não deve mudar seu voto porque diz para todo mundo que é a primeira vez desde a implantação da CPMF que um governo concorda com sua extinção.

Edison Lobão (PMDB-MA), Gerson Camata (PMDB-ES) e Jefferson Péres (PDT-AM) votaram pela manutenção da CPMF em 2002, mas estavam ausentes da votação em 2003.

Lobão e Camata fazem parte da base aliada e devem votar a favor da CPMF. Com uma postura mais independente, o voto do senador Jefferson Péres é uma incógnita.

Um em cada cinco senadores já aprovou CPMF no governo Lula. Dos 18 senadores que votarão CPMF pela 3ª vez, 12 deram voto favorável duas vezes. Outros cinco votaram pelo menos uma vez pelo sim; um deles não votou nas duas vezes.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir