"Haver� uma greve geral amanh�", disse Sharif durante uma coletiva de imprensa horas depois do ataque que matou Bhutto nesta quinta
Foto: G1 O ex-primeiro-ministro paquistan�s Nawaz
Sharif convocou para esta sexta-feira (28)
uma greve geral no pa�s ap�s
o assassinato da l�der oposicionista Benazir
Bhutto, num atentado a bomba nesta
quinta-feira (27) na cidade de Rawalpindi, a
12 Km da capital, Islamabad.
"Haver� uma greve geral amanh�", disse
Sharif durante uma coletiva de imprensa
horas depois do ataque que matou Bhutto
nesta quinta.
Veja as fotos da
ex-primeira-ministra paquistanesa
"Todos os paquistaneses est�o chocados,
mesmo sendo um comerciante ou um motorista
ou uma pessoa normal. Quem aderir � greve
estar� demonstrando solidariedade para com o
pa�s", declarou.
Sharif tamb�m afirmou que seu partido vai
boicotar as elei��es gerais de 8 de janeiro
e exigiu a ren�ncia imediata do presidente
Pervez Musharraf para "salvar o Paquist�o".
"Elei��es livres n�o s�o poss�veis na
presen�a de Musharraf", acrescentou ele
sobre o presidente. "Ele � a raiz de todos
os problemas."
Antigos rivais, Bhutto, tamb�m ex-premi�, e
Sharif se juntaram recentemente em oposi��o
a Musharraf. Bhutto liderava o maior partido
do pa�s, o Partido do Povo Paquistan�s.
Viol�ncia nas ruas
A not�cia do assassinato da
ex-primeira-ministra Benazir Bhutto provocou
uma onda de viol�ncia no Paquist�o nesta
quinta-feira (27). Policiais foram baleados,
casas invadidas e saqueadas e carros foram
incendiados em v�rias cidades.
A pol�cia paquistanesa dispersou com
cassetetes e bombas de g�s lacrimog�neo mais
de cem manifestantes na cidade de Peshawar
(no noroeste do pa�s) que protestavam contra
o assassinato da ex-primeira-ministra
paquistanesa Benazir Bhutto.
Leia aqui um perfil de Benazir
Bhutto
Mais de uma centena de partid�rios de
Bhutto bloqueavam a avenida principal da
cidade, onde incendiaram cartazes
publicit�rios, carros e �nibus. Eles
gritavam palavras hostis ao presidente
Pervez Musharraf. Uma delegacia de pol�cia
foi apedrejada.
Tiros tamb�m foram ouvidos.
Aparentemente, alguns manifestantes
enfurecidos estavam armados e atiraram para
o alto. Ainda n�o h� informa��es sobre
feridos.
Manifesta��es tamb�m foram registradas na
cidade de Multan (no centro do pa�s), onde
uma centena de partid�rios do Partido do
Povo Paquistan�s (PPP) de Bhutto queimaram
pneus e bloquearam a circula��o. Os
comerciantes locais decretaram tr�s dias de
luto.
As lojas tamb�m estavam fechadas em Karachi,
o feudo pol�tico de Benazir Bhutto, onde
manifestantes incendiaram pneus e bloquearam
estradas.
"� uma trag�dia terr�vel... Que Allah salve
o Paquist�o!", afirmou Shahina Begum, um
morador de Karachi.
A corte, v�rios bancos e outros pr�dios
de Jacobabad, cidade natal do
primeiro-ministro paquistan�s, tamb�m foram
incendiados.
Outras cidades menores est�o registrando
atos de vandalismo ap�s a divulga��o da
morte de Bhutto.
Com o governo ciente das manifesta��es,
as for�as policiais e paramilitares do
Paquist�o foram colocadas em alerta vermelho
nesta quinta-feira, informou o Minist�rio do
Interior paquistan�s.
Reuni�o de emerg�ncia
O presidente paquistan�s, Pervez
Musharraf, convocou uma reuni�o de
emerg�ncia e fez um apelo p�blico �
paz, horas ap�s o assassinato da ex-premi�
Benazir Bhutto.
Segundo a televis�o estatal do
Paquist�o, o chefe de Estado, que presidia
reuni�o de emerg�ncia de seu governo e das
autoridades militares no pal�cio
presidencial de Islamabad, pediu aos
cidad�os para neutralizaram "os des�gnios
diab�licos dos terroristas".
O
atentado
Bhutto morreu nesta quinta-feira (27) em
um atentado a bomba no Paquist�o quando articipava
de um com�cio pol�tico na cidade de
Rawalpindi, a 12 quil�metros da capital,
Islamabad. Bhutto retornou ao pa�s em
outubro, depois de anos de ex�lio, e era
considerada uma das favoritas nas elei��es
parlamentares de 8 de janeiro.
Ao menos 20 pessoas morreram neste
atentado a bomba. H� cerca de 40 feridos.
Entenda a hist�ria dos conflitos no
Paquist�o
Segundo o ministro do Interior, foi uma
a��o suicida. "Foi um atentado. N�o sabemos
ainda o n�mero certo de v�timas. O suicida
provocou a explos�o quando as pessoas
estavam se dispersando depois da
manifesta��o de Bhutto", afirmou o porta-voz
do ministro, Javad Iqbal Cheema.
Wasif Ali Khan, membro do partido de
Bhutto que estava no hospital de Rawalpindi,
confirmou a morte. "�s 18h16 (11h16 pelo
hor�rio do Brasil), ela morreu", disse Ali
Khan.
Benazir foi atingida por tiros no pesco�o
e no peito, quando se preparava para deixar
o ato pol�tico. O agressor se matou logo
ap�s atingir a ex-premi�, afirmou Rehman
Malik, assessor de seguran�a de Bhutto.
Reuters
Homem observa ve�culo atingido em
tiroteio contra o ex-premi� Nawaz
Sharif, tamb�m ocorrido nesta
quinta-feira (27). (Foto: Reuters)
Apesar de ainda n�o haver informa��es
confirmadas sobre a autoria do atentado que
matou a ex-premi�, apoiadores de Bhutto
gritavam na porta do hospital "Musharraf,
cachorro" -referindo-se ao atual presidente
do pa�s, Pervez Musharraf, com quem Bhutto
teve grandes diverg�ncias p�blicas.
A morte de Bhutto, uma l�der pol�tica
carism�tica de 54 anos, pode complicar ainda
mais o j� conturbado momento pol�tico que o
pa�s vive. Autoridades paquistanesas e
estrangeiras temem protestos em massa e
novos atos de viol�ncia nos pr�ximos dias.
Tiroteio
Horas antes, em outro ato de viol�ncia no
Paquist�o, desta vez em Islamabad, pelo
menos quatro pessoas morreram em tiroteios
durante um com�cio do ex-premi� Nawaz Sharif,
outro l�der da oposi��o.
"Quatro pessoas morreram e v�rias ficaram
feridas", disse � France Presse um oficial
da pol�cia de Islamabad, Syed Kalim Imam.
Editoria de Arte G11
Veja onde ocorreram os dois
atentados desta quinta-feira (27).
(Arte: G1)
O incidente aconteceu em um sub�rbio da
capital, quando militantes do partido de
Sharif preparavam bandeiras antes da chegada
de seu l�der e uma briga teve in�cio.
A viol�ncia no Paquist�o
A morte de Benazir Bhutto � a �ltima
ocorr�ncia de uma s�rie sem precedente de
atentados suicidas na hist�ria do Paquist�o.
O mais sangrento at� o momento aconteceu
durante uma manifesta��o do partido de
Bhutto em 18 de outubro, quando dois
homens-bomba mataram 139 pessoas em uma
gigantesca passeata de simpatizantes que
celebravam, em Karachi), o retorno da
ex-premi� ap�s seis anos de ex�lio.
Nessa ocasi�o, Bhutto escapou ilesa -porque
estava dentro de um caminh�o blindado �
frente do cortejo.
Na �ltima quarta-feira, o presidente
paquistan�s, o general Pervez Musharraf, afirmou
ao colega afeg�o, Hamid Karzai, que visitava
Islamabad, que o terrorismo isl�mico est�
"destruindo" os dois pa�ses.
Crise recente
No m�s passado, o Paquist�o entrou uma
grave crise interna, ap�s o presidente
Pervez Musharraf declarar estado de exce��o
no pa�s, poucos dias antes de a Corte
Suprema se pronunciar sobre a legalidade de
sua recente reelei��o como chefe de Estado.
Clique aqui para entender a crise
Efe, Reuters, AP e AFP
contribu�ram para este texto
O ex-primeiro-ministro paquistan�s Nawaz Sharif convocou para esta
sexta-feira (28) uma greve geral no pa�s ap�s
o assassinato da l�der oposicionista Benazir Bhutto, num atentado a bomba
nesta quinta-feira (27) na cidade de Rawalpindi, a 12 Km da capital, Islamabad.
"Haver� uma greve geral amanh�", disse Sharif durante uma coletiva de imprensa
horas depois do ataque que matou Bhutto nesta quinta.
Veja as fotos da ex-primeira-ministra paquistanesa Minist�rio do Interior paquistan�s.
Reuni�o de emerg�ncia
O presidente paquistan�s, Pervez Musharraf, convocou uma reuni�o de emerg�ncia e fez um apelo p�blico � paz, horas ap�s o assassinato da ex-premi� Benazir Bhutto.
Segundo a televis�o estatal do Paquist�o, o chefe de Estado, que presidia reuni�o de emerg�ncia de seu governo e das autoridades militares no pal�cio presidencial de Islamabad, pediu aos cidad�os para neutralizaram "os des�gnios diab�licos dos terroristas".
O atentado
Bhutto morreu nesta quinta-feira (27) em um atentado a bomba no Paquist�o quando articipava de um com�cio pol�tico na cidade de Rawalpindi, a 12 quil�metros da capital, Islamabad. Bhutto retornou ao pa�s em outubro, depois de anos de ex�lio, e era considerada uma das favoritas nas elei��es parlamentares de 8 de janeiro.
Ao menos 20 pessoas morreram neste atentado a bomba. H� cerca de 40 feridos.
Entenda a hist�ria dos conflitos no Paquist�o
Segundo o ministro do Interior, foi uma a��o suicida. "Foi um atentado. N�o sabemos ainda o n�mero certo de v�timas. O suicida provocou a explos�o quando as pessoas estavam se dispersando depois da manifesta��o de Bhutto", afirmou o porta-voz do ministro, Javad Iqbal Cheema.
Wasif Ali Khan, membro do partido de Bhutto que estava no hospital de Rawalpindi, confirmou a morte. "�s 18h16 (11h16 pelo hor�rio do Brasil), ela morreu", disse Ali Khan.
Benazir foi atingida por tiros no pesco�o e no peito, quando se preparava para deixar o ato pol�tico. O agressor se matou logo ap�s atingir a ex-premi�, afirmou Rehman Malik, assessor de seguran�a de Bhutto.
Reuters
Homem observa ve�culo atingido em tiroteio contra o ex-premi� Nawaz Sharif, tamb�m ocorrido nesta quinta-feira (27). (Foto: Reuters)Apesar de ainda n�o haver informa��es confirmadas sobre a autoria do atentado que matou a ex-premi�, apoiadores de Bhutto gritavam na porta do hospital "Musharraf, cachorro" -referindo-se ao atual presidente do pa�s, Pervez Musharraf, com quem Bhutto teve grandes diverg�ncias p�blicas.
A morte de Bhutto, uma l�der pol�tica carism�tica de 54 anos, pode complicar ainda mais o j� conturbado momento pol�tico que o pa�s vive. Autoridades paquistanesas e estrangeiras temem protestos em massa e novos atos de viol�ncia nos pr�ximos dias.
Tiroteio
Horas antes, em outro ato de viol�ncia no Paquist�o, desta vez em Islamabad, pelo menos quatro pessoas morreram em tiroteios durante um com�cio do ex-premi� Nawaz Sharif, outro l�der da oposi��o.
"Quatro pessoas morreram e v�rias ficaram feridas", disse � France Presse um oficial da pol�cia de Islamabad, Syed Kalim Imam.
Editoria de Arte G1
Veja onde ocorreram os dois atentados desta quinta-feira (27). (Arte: G1)Os disparos pareciam ter sido feitos a partir de um edif�cio onde funciona um partido pol�tico rival que ap�ia o presidente Pervez Musharraf, afirmaram testemunhas � France Presse. At� o momento a pol�cia n�o confirmou a informa��o.
O incidente aconteceu em um sub�rbio da capital, quando militantes do partido de Sharif preparavam bandeiras antes da chegada de seu l�der e uma briga teve in�cio.
A viol�ncia no Paquist�o
A morte de Benazir Bhutto � a �ltima ocorr�ncia de uma s�rie sem precedente de atentados suicidas na hist�ria do Paquist�o.
O mais sangrento at� o momento aconteceu durante uma manifesta��o do partido de Bhutto em 18 de outubro, quando dois homens-bomba mataram 139 pessoas em uma gigantesca passeata de simpatizantes que celebravam, em Karachi), o retorno da ex-premi� ap�s seis anos de ex�lio.
Nessa ocasi�o, Bhutto escapou ilesa -porque estava dentro de um caminh�o blindado � frente do cortejo.
Na �ltima quarta-feira, o presidente paquistan�s, o general Pervez Musharraf, afirmou ao colega afeg�o, Hamid Karzai, que visitava Islamabad, que o terrorismo isl�mico est� "destruindo" os dois pa�ses.
Crise recente
No m�s passado, o Paquist�o entrou uma grave crise interna, ap�s o presidente Pervez Musharraf declarar estado de exce��o no pa�s, poucos dias antes de a Corte Suprema se pronunciar sobre a legalidade de sua recente reelei��o como chefe de Estado.
Clique aqui para entender a crise
Efe, Reuters, AP e AFP contribu�ram para este texto
Fonte:
|