Categoria Trag�dia  Noticia Atualizada em 27-12-2007

Saiba como foi a morte de Benazir Bhutto
"Haver� uma greve geral amanh�", disse Sharif durante uma coletiva de imprensa horas depois do ataque que matou Bhutto nesta quinta
Saiba como foi a morte de Benazir Bhutto
Foto: G1

O ex-primeiro-ministro paquistan�s Nawaz Sharif convocou para esta sexta-feira (28) uma greve geral no pa�s ap�s o assassinato da l�der oposicionista Benazir Bhutto, num atentado a bomba nesta quinta-feira (27) na cidade de Rawalpindi, a 12 Km da capital, Islamabad.  

"Haver� uma greve geral amanh�", disse Sharif durante uma coletiva de imprensa horas depois do ataque que matou Bhutto nesta quinta.

Veja as fotos da ex-primeira-ministra paquistanesa

"Todos os paquistaneses est�o chocados, mesmo sendo um comerciante ou um motorista ou uma pessoa normal. Quem aderir � greve estar� demonstrando solidariedade para com o pa�s", declarou.
Sharif tamb�m afirmou que seu partido vai boicotar as elei��es gerais de 8 de janeiro e exigiu a ren�ncia imediata do presidente Pervez Musharraf para "salvar o Paquist�o".

"Elei��es livres n�o s�o poss�veis na presen�a de Musharraf", acrescentou ele sobre o presidente. "Ele � a raiz de todos os problemas."
Antigos rivais, Bhutto, tamb�m ex-premi�, e Sharif se juntaram recentemente em oposi��o a Musharraf. Bhutto liderava o maior partido do pa�s, o Partido do Povo Paquistan�s.

Viol�ncia nas ruas

A not�cia do assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto provocou uma onda de viol�ncia no Paquist�o nesta quinta-feira (27). Policiais foram baleados, casas invadidas e saqueadas e carros foram incendiados em v�rias cidades.

 A pol�cia paquistanesa dispersou com cassetetes e bombas de g�s lacrimog�neo mais de cem manifestantes na cidade de Peshawar (no noroeste do pa�s) que protestavam contra o assassinato da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto.

Leia aqui um perfil de Benazir Bhutto

Mais de uma centena de partid�rios de Bhutto bloqueavam a avenida principal da cidade, onde incendiaram cartazes publicit�rios, carros e �nibus. Eles gritavam palavras hostis ao presidente Pervez Musharraf. Uma delegacia de pol�cia foi apedrejada.

Tiros tamb�m foram ouvidos. Aparentemente, alguns manifestantes enfurecidos estavam armados e atiraram para o alto. Ainda n�o h� informa��es sobre feridos.

Manifesta��es tamb�m foram registradas na cidade de Multan (no centro do pa�s), onde uma centena de partid�rios do Partido do Povo Paquistan�s (PPP) de Bhutto queimaram pneus e bloquearam a circula��o. Os comerciantes locais decretaram tr�s dias de luto.

As lojas tamb�m estavam fechadas em Karachi, o feudo pol�tico de Benazir Bhutto, onde manifestantes incendiaram pneus e bloquearam estradas.

"� uma trag�dia terr�vel... Que Allah salve o Paquist�o!", afirmou Shahina Begum, um morador de Karachi.

A corte, v�rios bancos e outros pr�dios de Jacobabad, cidade natal do primeiro-ministro paquistan�s, tamb�m foram incendiados.

Outras cidades menores est�o registrando atos de vandalismo ap�s a divulga��o da morte de Bhutto. 
 

Com o governo ciente das manifesta��es, as for�as policiais e paramilitares do Paquist�o foram colocadas em alerta vermelho nesta quinta-feira, informou o Minist�rio do Interior paquistan�s.

Reuni�o de emerg�ncia

O presidente paquistan�s, Pervez Musharraf, convocou uma reuni�o de emerg�ncia e fez um apelo p�blico � paz, horas ap�s o assassinato da ex-premi� Benazir Bhutto. 

Segundo a televis�o estatal do Paquist�o, o chefe de Estado, que presidia reuni�o de emerg�ncia de seu governo e das autoridades militares no pal�cio presidencial de Islamabad, pediu aos cidad�os para neutralizaram "os des�gnios diab�licos dos terroristas".

 O atentado

Bhutto morreu nesta quinta-feira (27) em um atentado a bomba no Paquist�o quando articipava de um com�cio pol�tico na cidade de Rawalpindi, a 12 quil�metros da capital, Islamabad. Bhutto retornou ao pa�s em outubro, depois de anos de ex�lio, e era considerada uma das favoritas nas elei��es parlamentares de 8 de janeiro.

Ao menos 20 pessoas morreram neste atentado a bomba. H� cerca de 40 feridos.

Entenda a hist�ria dos conflitos no Paquist�o

Segundo o ministro do Interior, foi uma a��o suicida. "Foi um atentado. N�o sabemos ainda o n�mero certo de v�timas. O suicida provocou a explos�o quando as pessoas estavam se dispersando depois da manifesta��o de Bhutto", afirmou o porta-voz do ministro, Javad Iqbal Cheema.

Wasif Ali Khan, membro do partido de Bhutto que estava no hospital de Rawalpindi, confirmou a morte. "�s 18h16 (11h16 pelo hor�rio do Brasil), ela morreu", disse Ali Khan.

Benazir foi atingida por tiros no pesco�o e no peito, quando se preparava para deixar o ato pol�tico. O agressor se matou logo ap�s atingir a ex-premi�, afirmou Rehman Malik, assessor de seguran�a de Bhutto.

Foto: Reuters
Reuters
Homem observa ve�culo atingido em tiroteio contra o ex-premi� Nawaz Sharif, tamb�m ocorrido nesta quinta-feira (27). (Foto: Reuters)

Apesar de ainda n�o haver informa��es confirmadas sobre a autoria do atentado que matou a ex-premi�, apoiadores de Bhutto gritavam na porta do hospital "Musharraf, cachorro" -referindo-se ao atual presidente do pa�s, Pervez Musharraf, com quem Bhutto teve grandes diverg�ncias p�blicas.

A morte de Bhutto, uma l�der pol�tica carism�tica de 54 anos, pode complicar ainda mais o j� conturbado momento pol�tico que o pa�s vive. Autoridades paquistanesas e estrangeiras temem protestos em massa e novos atos de viol�ncia nos pr�ximos dias.

Tiroteio

Horas antes, em outro ato de viol�ncia no Paquist�o, desta vez em Islamabad, pelo menos quatro pessoas morreram em tiroteios durante um com�cio do ex-premi� Nawaz Sharif, outro l�der da oposi��o.

"Quatro pessoas morreram e v�rias ficaram feridas", disse � France Presse um oficial da pol�cia de Islamabad, Syed Kalim Imam. 
Foto: Editoria de Arte G1
Editoria de Arte G11
Veja onde ocorreram os dois atentados desta quinta-feira (27). (Arte: G1)

O incidente aconteceu em um sub�rbio da capital, quando militantes do partido de Sharif preparavam bandeiras antes da chegada de seu l�der e uma briga teve in�cio.

A viol�ncia no Paquist�o

A morte de Benazir Bhutto ï¿½ a �ltima ocorr�ncia de uma s�rie sem precedente de atentados suicidas na hist�ria do Paquist�o.

O mais sangrento at� o momento aconteceu durante uma manifesta��o do partido de Bhutto em 18 de outubro, quando dois homens-bomba mataram 139 pessoas em uma gigantesca passeata de simpatizantes que celebravam, em Karachi), o retorno da ex-premi� ap�s seis anos de ex�lio.

Nessa ocasi�o, Bhutto escapou ilesa -porque estava dentro de um caminh�o blindado � frente do cortejo.

Na �ltima quarta-feira, o presidente paquistan�s, o general Pervez Musharraf, afirmou ao colega afeg�o, Hamid Karzai, que visitava Islamabad, que o terrorismo isl�mico est� "destruindo" os dois pa�ses.

Crise recente

No m�s passado, o Paquist�o entrou uma grave crise interna, ap�s o presidente Pervez Musharraf declarar estado de exce��o no pa�s, poucos dias antes de a Corte Suprema se pronunciar sobre a legalidade de sua recente reelei��o como chefe de Estado.

Clique aqui para entender a crise

Efe, Reuters, AP e AFP contribu�ram para este texto

O ex-primeiro-ministro paquistan�s Nawaz Sharif convocou para esta sexta-feira (28) uma greve geral no pa�s ap�s o assassinato da l�der oposicionista Benazir Bhutto, num atentado a bomba nesta quinta-feira (27) na cidade de Rawalpindi, a 12 Km da capital, Islamabad.  

"Haver� uma greve geral amanh�", disse Sharif durante uma coletiva de imprensa horas depois do ataque que matou Bhutto nesta quinta.

Veja as fotos da ex-primeira-ministra paquistanesa Minist�rio do Interior paquistan�s.


Reuni�o de emerg�ncia
O presidente paquistan�s, Pervez Musharraf, convocou uma reuni�o de emerg�ncia e fez um apelo p�blico � paz, horas ap�s o assassinato da ex-premi� Benazir Bhutto.



Segundo a televis�o estatal do Paquist�o, o chefe de Estado, que presidia reuni�o de emerg�ncia de seu governo e das autoridades militares no pal�cio presidencial de Islamabad, pediu aos cidad�os para neutralizaram "os des�gnios diab�licos dos terroristas".





O atentado
Bhutto morreu nesta quinta-feira (27) em um atentado a bomba no Paquist�o quando articipava de um com�cio pol�tico na cidade de Rawalpindi, a 12 quil�metros da capital, Islamabad. Bhutto retornou ao pa�s em outubro, depois de anos de ex�lio, e era considerada uma das favoritas nas elei��es parlamentares de 8 de janeiro.



Ao menos 20 pessoas morreram neste atentado a bomba. H� cerca de 40 feridos.



Entenda a hist�ria dos conflitos no Paquist�o



Segundo o ministro do Interior, foi uma a��o suicida. "Foi um atentado. N�o sabemos ainda o n�mero certo de v�timas. O suicida provocou a explos�o quando as pessoas estavam se dispersando depois da manifesta��o de Bhutto", afirmou o porta-voz do ministro, Javad Iqbal Cheema.



Wasif Ali Khan, membro do partido de Bhutto que estava no hospital de Rawalpindi, confirmou a morte. "�s 18h16 (11h16 pelo hor�rio do Brasil), ela morreu", disse Ali Khan.



Benazir foi atingida por tiros no pesco�o e no peito, quando se preparava para deixar o ato pol�tico. O agressor se matou logo ap�s atingir a ex-premi�, afirmou Rehman Malik, assessor de seguran�a de Bhutto.




Reuters
Homem observa ve�culo atingido em tiroteio contra o ex-premi� Nawaz Sharif, tamb�m ocorrido nesta quinta-feira (27). (Foto: Reuters)Apesar de ainda n�o haver informa��es confirmadas sobre a autoria do atentado que matou a ex-premi�, apoiadores de Bhutto gritavam na porta do hospital "Musharraf, cachorro" -referindo-se ao atual presidente do pa�s, Pervez Musharraf, com quem Bhutto teve grandes diverg�ncias p�blicas.



A morte de Bhutto, uma l�der pol�tica carism�tica de 54 anos, pode complicar ainda mais o j� conturbado momento pol�tico que o pa�s vive. Autoridades paquistanesas e estrangeiras temem protestos em massa e novos atos de viol�ncia nos pr�ximos dias.



Tiroteio
Horas antes, em outro ato de viol�ncia no Paquist�o, desta vez em Islamabad, pelo menos quatro pessoas morreram em tiroteios durante um com�cio do ex-premi� Nawaz Sharif, outro l�der da oposi��o.



"Quatro pessoas morreram e v�rias ficaram feridas", disse � France Presse um oficial da pol�cia de Islamabad, Syed Kalim Imam.




Editoria de Arte G1
Veja onde ocorreram os dois atentados desta quinta-feira (27). (Arte: G1)Os disparos pareciam ter sido feitos a partir de um edif�cio onde funciona um partido pol�tico rival que ap�ia o presidente Pervez Musharraf, afirmaram testemunhas � France Presse. At� o momento a pol�cia n�o confirmou a informa��o.

O incidente aconteceu em um sub�rbio da capital, quando militantes do partido de Sharif preparavam bandeiras antes da chegada de seu l�der e uma briga teve in�cio.




A viol�ncia no Paquist�o
A morte de Benazir Bhutto � a �ltima ocorr�ncia de uma s�rie sem precedente de atentados suicidas na hist�ria do Paquist�o.



O mais sangrento at� o momento aconteceu durante uma manifesta��o do partido de Bhutto em 18 de outubro, quando dois homens-bomba mataram 139 pessoas em uma gigantesca passeata de simpatizantes que celebravam, em Karachi), o retorno da ex-premi� ap�s seis anos de ex�lio.

Nessa ocasi�o, Bhutto escapou ilesa -porque estava dentro de um caminh�o blindado � frente do cortejo.

Na �ltima quarta-feira, o presidente paquistan�s, o general Pervez Musharraf, afirmou ao colega afeg�o, Hamid Karzai, que visitava Islamabad, que o terrorismo isl�mico est� "destruindo" os dois pa�ses.



Crise recente
No m�s passado, o Paquist�o entrou uma grave crise interna, ap�s o presidente Pervez Musharraf declarar estado de exce��o no pa�s, poucos dias antes de a Corte Suprema se pronunciar sobre a legalidade de sua recente reelei��o como chefe de Estado.



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Efe, Reuters, AP e AFP contribu�ram para este texto



 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir