Categoria Verão  Noticia Atualizada em 31-12-2007

Águas-vivas aparecem em Guarujá e Mongaguá
Organismos feriram cerca de 300 pessoas na Praia Grande. Agora problema atinge também cidades vizinhas
Águas-vivas aparecem em Guarujá e Mongaguá
Foto: http://g1.globo.com

Três pessoas ficaram feridas em Mongaguá, no litoral Sul de São Paulo após contato com águas-vivas da espécie caravelas no domingo (30). Também houve registro de um exemplar encontrado no Guarujá.

Desde sexta-feira, cerca de 300 banhistas ficaram feridos na Praia Grande após contato com águas-vivas. O movimento nos prontos-socorros Central e Quietude ficou intenso e a maioria das pessoas se queimou na região das praias entre Guilhermina e Ocian.

A maioria das ocorências nos dois primeiros dias foi registrada depois das 14h, de acordo com funcionários das equipes de resgate. Os prontos socorros montam salas específicas para atendimento a esses casos.

Águas-vivas são organismos de corpo mole, gelatinoso e transparente, dotados de células urticantes, capazes de provocar queimaduras em humanos. A maioria das pessoas feridas são mulheres e crianças. Quando a criança toca na água-viva, normalmente é socorrida logo em seguida pela mãe, que também se queima. O Corpo de Bombeiros informou ainda que, em função do forte calor, é comum a incidência de grande quantidade de águas-vivas, que vivem em colônias. Estas colônias estão se espalhando pelas praias da cidade.

Raramente fatal
As caravelas (assim chamadas por causa da "vela" inflável que as impulsiona na superfície do mar) são primas das medusas e das anêmonas, mas com um detalhe inusitado: não são indivíduos únicos, mas colônias.

São os tentáculos os responsáveis pelos ferimentos. Eles ferroam e matam pequenos invertebrados e peixes, que então são digeridos por outros "órgãos" especializados da colônia. Os tentáculos podem ter até 10 m de comprimento e estão cheios de células especializadas. É como se elas fossem um arpão dentro de uma bexiga com água: ao encostar na presa, a "bexiga" estoura e o "arpão" microscópico é liberado, cravando o veneno na futura comida. Entretanto, para humanos, esse aparato sofisticado raramente é fatal.

Organismos feriram cerca de 300 pessoas na Praia Grande.
Agora problema atinge também cidades vizinhas.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir