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Invasão de águas-vivas ameaça turistas no Sul e no Sudeste

Animais buscam águas mais quentes para se reproduzirem no litoral brasileiro

Uma invasão de águas-vivas virou um perigo para milhares de turistas que lotam algumas praias do Sul e do Sudeste. Centenas de pessoas já sofreram queimaduras de até segundo grau.

Em Florianópolis, a temporada mal começou e já é grande a incidência de queimaduras em banhistas. Segundo o Corpo de Bombeiros, de 21 de dezembro até agora, 100 pessoas já foram atendidas - a maioria nas praias mais freqüentadas da ilha.

No Paraná, 60 casos são registrados por dia nos 92 quilômetros de litoral.

As praias paulistas registraram o maior número de ocorrências: 724. Só em Praia Grande, quase 300 pessoas, entre adultos e crianças, foram atendidas nos hospitais da cidade de sexta-feira pra cá.

As caravelas migraram das Ilhas Malvinas, no sul do Atlântico, em busca de águas mais quentes para se reproduzir. Por isso, elas estão aparecendo perto das praias de Santa Catarina (Florianópolis), do Paraná (Pontal do Paraná, Matinhos, Caiobá e Guaratuba) e do litoral sul de São Paulo (Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente e Santos).

"É uma dor intensa, que vai se espalhando e você vai queimando a si mesmo, porque deixa uma gosma e quando você toca, acaba queimando uma outra região do corpo", diz o professor Rogério Rodrigues.

Os bombeiros pedem aos banhistas para saírem do mar quando perceberem a presença de águas-vivas. O único jeito de se prevenir é evitar o contato com elas. O médico Adriano Bechara, que já atendeu vários casos de queimaduras, dá dicas às vítimas sobre os primeiros socorros.

"Passe água do mar por cima, mas sem esfregar. No máximo, colocar um pouco de areia para aliviar a intensidade da dor ou, se possível, vinagre. E procure um serviço médico", aconselha o médico.

Invasão de águas-vivas ameaça turistas no Sul e no Sudeste.

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Por: Felipe Campos | Imprimir