Categoria Policia  Noticia Atualizada em 02-01-2008

Presos são transferidos de cadeia incendiada em MG.
Curto-circuito teria provocado o fogo na cela em Rio Piracicaba. Oito morreram. PMs e funcionários da prefeitura tentaram derrubar parede, sem sucesso.
Presos são transferidos de cadeia incendiada em MG.
Foto: Reprodução

Pelo menos oito presos morreram numa cela da cadeia de Rio Piracicaba, que fica a 127 quilômetros de Belo Horizonte (MG), na noite desta terça-feira (1º). Segundo a Polícia Militar, por volta das 19h30 houve um curto-circuito em uma das celas. O fogo se espalhou rapidamente e os detentos se refugiaram no banheiro. Presos remanescentes foram transferidos para outras unidades da região.

O incêndio foi rápido. Parentes dos presos contam que o carcereiro não estava na delegacia quando o fogo começou. "Se o carcereiro estivesse lá isso não teria acontecido. Eles poderiam sair", disse um dos familiares". Ainda de acordo com a polícia, sem as chaves, o policial de plantão não teve como abrir a cela.

Polícia militar e voluntários abriram uma passagem pela parede dos fundos da cadeia, que faz divisa com uma casa. De acordo com a polícia, em cinco minutos eles abriram o buraco, mas já era tarde.

As outras três celas do prédio não foram atingidas.

Em nota, o governo do estado e a Prefeitura de Rio Piracicaba informaram que estão dando apoio aos parentes do presos mortos e que as despesas com deslocamento e sepultamento serão custeadas pelo estado.

Investigação
De acordo com a Polícia Civil, a cadeia tinha capacidade para abrigar 18 presos, mas na hora do incêndio havia 22 homens detidos. Sete deles foram transferidos para João Monlevade e outros sete para o albergue de Rio Piracicaba. Segundo a polícia, embora a estrutura seja razoável e não esteja superlotada.

A assessoria da polícia informou também que há um projeto de reforma para este ano.

Na cidade de 14 mil habitantes não há Corpo de Bombeiros e isso dificultou o socorro. Os corpos das vítimas foram levados para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Belo Horizonte.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir