Categoria Policia  Noticia Atualizada em 02-01-2008

Ex-instrutor do Bope vê tiros de fuzil no réveillon do Rio
Paulo Storani analisou imagens feitas do alto do Corcovado. E adverte que tiros dados para o alto também matam
Ex-instrutor do Bope vê tiros de fuzil no réveillon do Rio
Foto: http://g1.globo.com

Ex-instrutor de tiro do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e consultor do filme "Tropa de Elite", o oficial da PM Paulo Storani analisou imagens feitas por câmeras da TV Globo do alto do Corcovado, na Zona Sul do Rio, durante o réveillon, e identificou disparos de fuzil. Storani afirma que também em Copacabana, onde seis pessoas ficaram feridas por balas perdidas, foram dados tiros de fuzil.

"É bala traçante de fuzil. Mesmo uma pessoa atirando para o alto, essa bala pode voltar e matar alguém. Se fosse bala de pistola, a conseqüência também pode ser fatal", diz o ex-instrutor do Bope ao ver as imagens num monitor de TV.

Policiais da 12ª. DP (Copacabana) foram nesta quarta-feira (3) as areias de Copacabana para fazer uma reconstituição com duas das seis vítimas de balas perdidas durante o réveillon.

"Senti uma dor, comecei a suar, a vista embaçar. Tinham acabado os fogos, o DJ começou a tocar e aconteceu isso aí. E acabou o Ano Novo. Infelizmente", contou um das vítimas, que é vigilante e foi atingido na perna direita.

A delegada Marta Rocha, encarregada do inquérito, pediu a ajuda de peritos do Instituto de Criminalística e ouviu também o depoimento de uma segunda vítima, um policial que não estava na festa a serviço e estava acompanhado da família.

"Não tinha nenhuma briga. Absolutamente nada, nada. No início dos fogos, três minutos depois eu senti o impacto na perna", contou o ferido.

A polícia não sabe dizer qual é o calibre das armas que fizeram as seis vítimas na festa do réveillon e nem se elas se feriram por disparos feitos para o alto.

Ex-instrutor do Bope vê tiros de fuzil no réveillon do Rio. Paulo Storani analisou imagens feitas do alto do Corcovado. E adverte que tiros dados para o alto também matam.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir