Categoria Cinema  Noticia Atualizada em 02-01-2008

'Alvin e os esquilos' diverte, mas exige tímpanos fortes
Longa-metragem chega aos cinemas na sexta-feira (4)
'Alvin e os esquilos' diverte, mas exige tímpanos fortes

Uma sessão da tarde, a qualquer hora do dia. É isso que promete "Alvin e os esquilos", que estréia nos cinemas sexta-feira (4). E é o que entrega.

A adaptação para as telonas do desenho "Alvin and the Chipmunks" repete toda a historinha que estamos acostumados a assistir depois do "Vale a pena ver de novo". Um sujeito do bem, mas fracassado, encontra por acaso um (no caso três) amuleto da sorte. Consegue, em seguida, enfrentar o homem mau, para, no fim, superar todas as suas dificuldades e viver feliz para sempre.

Ou seja, Dave Seville (interpretado por Jason Lee, que já atuou em diversos filmes de Kevin Smith), um músico de talento, mas que ainda não conseguiu dar sorte na vida, encontra Alvin, o descolado, Simon, o intelectual, e Theodore, o fofo, e, ao descobrir que os três cantam, dançam e sapateiam, decide virar empresário e compositor dos pequenos. Mas, após disputá-los com o ambicioso dono da gravadora, o músico entende que é mais que um "gerente musical", é quase um pai das crianças.

Nas entrelinhas
A vantagem dos esquilinhos em relação a outros filmes infantis é fugir de outros personagens enjoativos. Chega até a ser divertido e, em duas ou três cenas, é até possível rir. Principalmente quando a trama aposta nos desencontros entre os personagens de carne e osso e as animações (como Garfield no filme homônimo).

Se há um ponto de seriedade no longa-metragem, é exatamente a abordagem sobre a melhor maneira de tratar as estrelas, principalmente as infantis. Com mimo ou com limites? Numa época em que cantoras e roqueiros são mais conhecidos pelos seus escândalos que por seus talentos, vale a pena refletir como seria correto criar nossos futuros adultos.

Contudo, como o filme não se propõe a uma análise psicológica de nossos ídolos, o que realmente vai ficar marcado (para o bem) é a fofura de Theodore, ou o ataque de amabilidade de um Alvin, conhecido por ser "blasé". Ou (para o mal) os números musicais, em que os esquilinhos cantam de rock ao rythm & blues, com as vozes artificialmente agudas. Haja tímpano.

'Alvin e os esquilos' diverte, mas exige tímpanos fortes.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir