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DEIXA A VIDA ME LEVAR
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Praticamente todas as not�cias e coment�rios de r�dio e tev�, dos jornais impressos, blogs e at� mesmo e-mails lidos p�s-p�s- CPMF t�m a ver com as mais bizarras muta��es de animais pol�ticos Control-c, control-v; control-c, control-v; control-c, control-v. Praticamente todas as not�cias e coment�rios de r�dio e tev�, dos jornais impressos, blogs e at� mesmo e-mails lidos p�s-p�s- CPMF t�m a ver com as mais bizarras muta��es de animais pol�ticos, citadas entre aspas e com datas entre par�nteses. A tempor�ria queda da CPMF (n�o se engane, leitor(a), a mentalidade lusitana inda reinante logo dar� um jeito de arrancar esse dinheiro do nosso bolso novamente) - � encarada como um cataclisma de propor��es inimagin�veis. A "Sa�de" vai ficar sem dinheiro. Os "coitadinhos" ficar�o sem assist�ncia m�dica. "As pessoas que votaram contra n�o usa (sic) o SUS", declarou o Apedeuta- Mor da Na��o, depois de (mais um) terr�vel lapso de sua vaga lembran�a (ele, como os computadores portugueses, n�o possui mem�ria), quando afirmou que "quem era contra a CPMF era a favor da sonega��o." Em meio a tudo isso, o piti do l�der do PSDB no Senado, que por um dia se lembrou de como os petistas agiam no governo FHC e resolveu bater o p�, fechar quest�o, provocar um �nico dia de Don Huguito para Aquele Que Nada Sabe. Todo esse joguinho idiota de informa��o e contra- informa��o n�o passa de uma conveniente cortina de fuma�a montada pelos pregui�osos de todos os lados, que j� nem s�o mais chamados de "farinha do mesmo saco", estejam na situa��o ou oposi��o: s�o, mesmo, "esterco do mesmo pasto". Tais como os sanguessugas lusitanos que aqui chegaram fugidos em 1808 e sempre fizeram as coisas aos empurr�es, obrigados pelas circunst�ncias, sem qualquer planejamento, sem qualquer pensamento no dia de amanh� - mas sempre atentos ao que poderia entrar no bolso no instante seguinte, Legislativo, Executivo e Judici�rio de hoje assistem de camarote ao salto fortuito dado pela economia brasileira - empurrada pelos bons ventos da economia mundial e desimpedida pela (veja s� que ironia do destino!) in�pcia administrativa do atual desgoverno, que secretamente adotou como Hino Nacional a et�lico-pagodeira "Deixa a Vida Me Levar". Enquanto o Judici�rio se preocupa em lustrar sua caixa preta, o Executivo se ocupa do aparelhamento da m�quina e da manuten��o do esquema de chantagem das emendas parlamentares; estes �ltimos, por sua vez, sem disposi��o nem lideran�a, fogem do verdadeiro trabalho ao qual deveriam estar entregues vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, sem ter tempo mesmo de visitar as bases, tomar banho, escovar os dentes ou trocar de roupa: . A recria��o de um sistema tribut�rio completo (falar em reforma tribut�ria � o mesmo que sugerir meia-sola em sapato velho), sem fatiamentos; . A recria��o, do zero, de um sistema trabalhista (falar em reforma, nessa �rea, � enrola��o), sem excepcionalidades; . A implanta��o, para ontem, de um sistema jur�dico total e absolutamente informatizado que sirva de exemplo para o mundo, assim como o sistema banc�rio brasileiro j� enche os olhos de muitos pa�ses, com a concomitante introdu��o de um organograma de funcionamento judicial completamente novo e transparente, compreens�vel a qualquer brasileiro - e que, al�m de sua f�cil compreens�o, acabe com as infind�veis chicanas (sucessivas e desnecess�rias apela��es, desvios, atrasos, encalhes e sumi�os de processos, safadezas v�rias) e estabele�a um c�digo que garanta a perman�ncia dos condenados nas penitenci�rias pelo tempo determinado na barra dos tribunais, sem os v�rios descontos f�teis concedidos hoje em dia. S�o 513 + 81, num total de 594 fabricantes de biscoitos, quero dizer, de leis. Divididos em quatro ou cinco grupos b�sicos, contando com a assessoria de especialistas de fora e de dentro do pr�prio Congresso em cada assunto, os hoje mais de "300 picaretas" (thanx, Louis Ignatius!), em conjunto com as outras pernas do trip�, precisariam estar abertos para, rapidamente, copiar sistemas j� consagrados em outros pa�ses - �s vezes, sem tirar nem por, sem as infames "adapta��es", "tropicaliza��es" ou "jeitinhos". � a hora de tirar o atraso. Uma s�rie de semin�rios tem�ticos conduzidos por especialistas abriria os trabalhos de cada setor e os colocaria a par do que acontece de sucesso l� fora (ou mesmo aqui dentro, ainda localmente), apresentando reda��es legislativas pr�-moldadas, encurtando o tempo dos debates e apressando o rito de vota��es que gerariam as verdadeiras mudan�as, j� que alguns representantes mal conseguem ler ou se expressar no pr�prio idioma, a exemplo d'Aquele Que Nada Sabe. Amargo rem�dio, proposta desanimadora, tarefa demasiado herc�lea? N�o, muito pelo contr�rio, quando se v� que o fazend�o tem pressa de virar Brasil. E isso � s� o come�o. Afinal, disse algu�m bem mais sabido do que n�s, "quando o servidor est� pronto, o servi�o aparece." O servi�o est� a�. Estamos prontos? Fonte: Direto da Reda��o
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| Por: Claudio Lessa | Imprimir |
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