Banda Vampire Weekend foi sensaçÃ
£o em blogs e apontada como promessa
Foto: Clare Nash/MySpace do artista Quando se trata de música, a rede pode ser um megafone gigante aumentando os decibéis do zunzunzum em proporções ensurdecedoras. É um ruído barulhento que aumenta cada vez mais com a blogosfera e os fãs que navegam no MySpace em busca de novas músicas.
Este mês traz a chegada de dois dos nomes mais "hypados" a estrearem recentemente: a banda nova-iorquina Vampire Weekend e a cantora e pianista pop britânica Kate Nash, de 20 anos.
O apelo do Vampire Weekend é auto-evidente. Um quarteto de estudantes ou recém-graduados bonitões, o grupo funde afro-pop e indie rock para criar gemas pop bem amarradas. Seu disco homônimo sai em 29 de janeiro depois de uma onda crescente de um ano de ansiedade.
Em junho, o "New York Times" escreveu: "quando aquele CD embalado em plástico e com código de barras chegar às lojas, a banda provavelmente já não será mais novidade, tendo sofrido de muitos ciclos on-line de hype e refluxo".
A ascensão de Kate Nash começou quando Lily Allen (que, por sua vez, conquistou a fama em 2006 no MySpace) a colocou no top 8 de seus amigos no site de relacionamentos sociais. Desde então, Nash assinou contrato para um disco e terminou seu primeiro álbum: "Made of bricks".
Puxado pelo single grudento de "Foundations", o disco já chegou ao topo das paradas na Inglaterra - epicentro da fábrica internacional de hype. O álbum foi lançado nos Estados Unidos e recebou muitas críticas positivas.
Cruzar o Atlântico tem sido traiçoeiro para os artistas britânicos recentes, e pode ser difícil para Nash considerando que ela - como Allen - canta com um sotaque londrino carregado. O acento britânico forte de outra banda badalada, os Arctic Monkeys, limitaram seu apelo em terras americanas.
O disco de estréia do Arctic, "Whatever people say I am, that's what I'm not", de 2006, foi uma sensação na Inglaterra, mas teve vendas apenas respeitáveis nos Estados Unidos. A banda foi talvez a primeira a ter sua ascensão meteórica empurrada tão dramaticamente pelo clamor dos fãs na rede.
Essa fórmula "da rede para o mundo" está agora bem estabelecida; tanto o Vampire Weekend quanto Nash sabem muito bem disso, agradecem a ajuda e têm noção de que pode ser uma montanha russa.
A rede se tornou um terreno fértil para plantar as sementes do hype. Isso faz ainda mais sentido para a música, que é facilmente transmitida e baixada - sem falar na paixão que inspira nos fãs, ávidos em partilhar sua nova descoberta.
Mas quando a cacofonia atinge níveis altíssimos, passa a tirar o prazer da música - levando assim ao refluxo inevitável que espera-se não recaia sobre Vampire Weekend e Kate Nash.
O Radiohead conseguiu escapar disso com o lançamento de seu álbum mais recente "In rainbows" tanto para críticos quanto para fãs apenas dez dias depois de anunciarem que ele existia.
O resultado: todos puderam ouvir a música ao mesmo tempo, sem noções preconcebidas.
Bandas tentando aparecer, no entanto, não pode se dar a esse luxo. Sua melhor amiga - e inimiga - é a web.
Artistas tentam sucesso além das fronteiras da internet.
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