Pelo menos 25 civis morreram em um atentado contra um �nibus no sudeste do Sri Lanka nesta quarta-feira
Foto: AFP Marta Berard Nova D�lhi, 16 jan (EFE).- Pelo menos 25 civis morreram em um atentado contra um �nibus no sudeste do Sri Lanka nesta quarta-feira, quando expira o acordo de cessar-fogo entre a guerrilha t�mil e o Governo sem que a media��o internacional tenha conseguido salvar o processo de paz, aberto em 2002.
Uma fonte do Minist�rio da Defesa disse � Ag�ncia Efe que a explos�o de uma bomba em um �nibus de passageiros pr�ximo ao munic�pio de Niyadalla, no distrito de Monaragala, deixou 25 mortos e 64 feridos.
Os explosivos estavam no interior do �nibus, informou o Governo em comunicado.
Uma fonte policial citada pelo site "Tamilnet", simpatizante da guerrilha, afirmou que depois da explos�o os terroristas iniciaram um tiroteio, o que n�o foi confirmado pela fonte do Minist�rio da Defesa.
O Governo cingal�s atribuiu o ataque � guerrilha dos Tigres de Liberta��o da P�tria T�mil (LTTE), que por enquanto n�o reivindicou a autoria, apesar de os rebeldes t�meis costumarem recorrer aos atentados contra �nibus de civis para chamar a aten��o para suas reivindica��es.
De acordo com o site "Tamilnet", o ataque acontece no momento em que altos comandantes militares cingaleses tentam convencer as autoridades do sul do pa�s a fecharem todos os col�gios antes de lan�ar uma ofensiva "de grande escala" na regi�o.
Tr�s soldados do Ex�rcito do Sri Lanka tamb�m ficaram feridos hoje, quando uma bomba explodiu no momento da passagem do caminh�o em que estavam no munic�pio de Buttala, no mesmo distrito.
Na regi�o de Dambeyaya, tamb�m pertencente ao distrito de Monaragala, dois granjeiros morreram e outros quatro ficaram feridos em um terceiro ataque, supostamente lan�ado pelos guerrilheiros t�meis, segundo um comunicado do Governo.
Os atentados foram realizados no mesmo dia em que o Minist�rio da Defesa informou sobre a morte de 13 rebeldes t�meis em combates travados nas �ltimas 24 horas em diferentes pontos do norte da ilha.
Os epis�dios de viol�ncia aconteceram no dia em que expirou formalmente o acordo de cessar-fogo alcan�ado em fevereiro de 2002 entre o Governo e os t�meis.
No dia 2 de janeiro, o Governo rompeu unilateralmente o acordo, embora ele s� tenha existido no papel, pois os combates foram constantes desde a suspens�o das negocia��es de paz, em outubro de 2006.
Ap�s a ruptura do di�logo, o Ex�rcito empreendeu uma ofensiva que encurralou os LTTE em zonas do norte do pa�s.
J� a guerrilha intensificou os atentados terroristas e lan�ou a��es de grandes propor��es, mas isoladas, como ataques a�reos contra bases do Ex�rcito e sobre a capital, Colombo.
O aumento das hostilidades ocasionou o deslocamento interno de cerca de 200 mil pessoas, segundo as Na��es Unidas.
Os esfor�os dos mediadores internacionais para salvar o processo de paz foram em v�o. O �ltimo pa�s a fazer uma tentativa foi o Jap�o, que enviou o representante da ONU Yasushi Akashi nos �ltimos tr�s dias.
A comiss�ria das Na��es Unidas para os Direitos Humanos, Louise Arbour, alertou ontem que um aumento das hostilidades seria devastador para os cingaleses e pediu que o Governo e a guerrilha respeitem seus compromissos internacionais.
Nenhum dos esfor�os est� surtindo efeito e o Governo acredita ser capaz de eliminar os "terroristas" dos LTTE.
O presidente, Mahinda Rajapakse, condenou hoje o atentado em Monaragala. Ele qualificou a a��o de selvageria, que "deveria despertar o desprezo de todos dentro e fora do Sri Lanka".
Os LTTE lutam desde os anos 80 por um Estado independente no norte e no leste do Sri Lanka, onde a etnia t�mil � majorit�ria, em detrimento da cingalesa, que domina o restante do pa�s.
Em tr�s d�cadas de guerra, entre 65 mil e 80 mil pessoas morreram.
Atentado deixa 25 mortos no Sri Lanka no dia em que acordo de paz expirou.
Fonte: http://noticias.uol.com.br
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