Categoria M�sica  Noticia Atualizada em 19-01-2008

Da terra da Banda Calypso grupo Madame Saatan renova o metal
Quarteto de Bel�m do Par� tem a vocalista Sammiliz � frente
Da terra da Banda Calypso grupo Madame Saatan renova o metal
Foto: Tatiana Laiun/Divulga��o

Para os menos avisados, o Par� � sempre a terra do carimb� dos livros de folclore ou o lugar que deu a Banda Calypso para o resto do Brasil. Pois al�m das reboladas de Joelma (e da mecha loira de Chimbinha) ou de fen�menos locais como a agitada cena do tecnobrega, o estado agora gera sua vers�o pr�pria de heavy metal: a Madame Saatan.

O nome pode at� sugerir headbangers tradicionais de cara e cabe�a fechada, mas 1. o quarteto tem � frente uma garota que canta em portugu�s e 2. tem toques de ritmos locais (que s� prestando muita aten��o s�o percebidos). O que aparece de cara � o peso do quarteto e a presen�a vocal de Sammiliz, que dever� ter algum apelo entre os f�s mais nervosos da baiana Pitty. (Ou�a aqui o som da banda).

O fato de a Madame Saatan ter alcunha e tra�os caracter�sticos do metal, atrair esse p�blico, mas n�o abra�ar toda a cartilha do g�nero traz hist�rias pitorescas durante as incurs�es pelas cidades do norte do pa�s, ainda a regi�o mais visitada pelo grupo. Mas, em vez de se deparar com f�s impressionados com o volume das guitarras, o grupo encontra muitas vezes uma plat�ia na expectativa de algo mais "extremo".

"A gente j� tocou uma vez em Macap�, capital do Amap�, e encontrou um pessoal todo montado, que parecia ter sa�do de um filme de terror ou algo como 'A noite dos mortos-vivos'", diz Ivan Vanzar, baterista, que, ao lado de Sammiliz, completa a banda ao lado de �caro Suzuki (baixo) e Edinho (guitarra).

O grupo inteiro deve se mudar em breve para S�o Paulo, com intuito de divugar o hom�nimo CD de estr�ia, fazer shows na capital paulista e ficar mais pr�ximo das rotas dos festivais independentes, mas afirma que consegue encontrar espa�o em Bel�m ao lado das aparelhagens do tecnobrega e de outros ritmos paraenses.

"N�s somos bem aceitos aqui. No come�o, por causa do nome, as pessoas pensavam que a gente era black metal [estilo mais extremo do g�nero], mas conseguimos reunir um p�blico variado aqui, tanto adolescentes ou f�s mais antigos de metal", conta a vocalista Sammiliz, por telefone.

Conviv�ncia pac�fica

Ela fala que a conviv�ncia � pac�fica e nem h� uma "postura anti-Calypso" s� porque a Madame Saatan tem uma pegada metal. "Eu costumo dizer que eu curto o brega 'old school', dos anos 80, com uma pegada jovem guarda. Tem muita bizarrice nessa cena, algo que eu gosto particulamente", declara a vocalista. "N�s n�o temos uma postura antialguma coisa... bom o pessoal da banda est� fazendo umas caretas aqui do meu lado, mas, para mim, que cada um seja feliz fazendo seu som."



A Madame Saatan surgiu h� quatro anos, quando seus integrantes se juntaram para fazer a trilha sonora de um espet�culo baseado no teatro do absurdo do franc�s Alfred Jarry. "Naquela �poca a gente ainda incorporava alguns elementos c�nicos, s� que com o tempo isso foi mudando", afirma Sammiliz, a respeito da fase Alice Cooper nos prim�rdios do grupo. "Tinha atores no palco, gente soltando fogo pela boca, mas esses elementos precisaram ser simplificados conforme as coisas foram andando."



A cantora diz que a banda � un�ssona no gosto por som pesado, como o metal da d�cada de 70 e o thrash dos anos 80, mas que n�o deixa de olhar para o que estar ao redor. "Costumamos dizer que a gente 'n�o bate a goma', uma forma de a gente falar que a gente coloca uma pitada do som regional, mas a gente n�o pretende fazer isso descaradamente."

Da terra da Banda Calypso grupo Madame Saatan renova o metal.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Felipe Campos    |      Imprimir