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Protesto de motoboys e falha no metrô

Prefeitura diz que não age sob pressão e mantém medidas
Protesto de motoboys e falha no metrô

Foto: Reprodução

A segunda manifestação de motoboys do ano, que durou cerca de cinco horas nesta sexta-feira (18), causou lentidão em alguns pontos da capital, apesar de os organizadores afirmarem que a intenção não era provocar congestionamentos.

Os paulistanos também enfrentaram problemas no metrô na manhã desta sexta. Uma falha no sistema de tração em um trem que circulava pela linha 1 (azul) paralisou o sentido Jabaquara durante quase duas horas, das 6h57 até as 8h45, quando a composição foi rebocada da linha, próximo à Estação Paraíso. Trens atrasaram e plataformas ficaram lotadas.

Sob pressão
Os representantes dos motoboys saíram otimistas de encontro com assessores do prefeito Gilberto Kassab (DEM), mas a assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que a administração municipal não age sob pressão e que não haverá alteração nas regras implantadas para os motoboys.

Nesta semana, a prefeitura informou que, a partir do dia 11 de fevereiro, motos serão proibidas de trafegar nas pistas expressas das marginais, exceto na Marginal Pinheiros, sentido Interlagos. Entretanto, a prefeitura disse estar aberta a negociações.

"Eles demonstraram boa vontade, creio que não haverá problemas", disse o presidente do Sindimoto (Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Moto-taxistas do Estado de São Paulo), Gilberto Almeida dos Santos. Entre os pedidos feitos, estão o cancelamento da restrição nas marginais e o veto à lei que proíbe garupas.

Interdição na câmara
Por volta das 8h, grupos de motociclistas saíram de quatro pontos da capital rumo à prefeitura, onde chegaram entre as 10h e 11h. A Polícia Militar estimou que cerca de 1,5 mil pessoas e 700 motos participaram do protesto. Os motociclistas carregavam passageiros nas garupas.

Após a reunião com assessores da prefeitura, os manifestantes seguiram para a Câmara Municipal, também na região central, onde interditaram por cerca de uma hora três faixas do Viaduto Jacareí. Na Câmara, motociclistas reuniram-se com vereadores que prometeram reabrir a discussão sobre motos em São Paulo.

De acordo com Celso Jatene (PTB), presidente da Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal, vereadores conversarão com o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, sobre as reivindicações da categoria e realizarão uma audiência pública no dia 6 de ferevereio para debater o tema.

Os motociclistas pediram aos vereadores a criação de faixas exclusivas nas principais avenidas de São Paulo, regulamentação do serviço de motoboy, redução de impostos para proprietário de motos, além do veto ao projeto lei que prevê proibição do transporte de pessoas nas garupas das motos.

Logo após o encontro, os motociclistas se dispersaram por volta das 13h. Durante a manhã desta sexta-feira, segundo dados da CET, o índice de trânsito permaneceu na maior parte do tempo abaixo da média do horário.

Apesar de a manifestação ter provocado pontos de lentidão por onde passou, a Polícia Militar elogiou os motociclistas. "Nossa prioridade foi manter o trânsito livre. Eles respeitaram isso durante todo o percurso", disse o capitão Wanderley Barbosa Filho, comandante da 4a. Companhia do 11Â° Batalhão da PM, acrescentando que o protesto foi pacífico. Não foram registrados incidentes.

Protesto de motoboys e falha no metrô.

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Por: Felipe Campos | Imprimir