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PLACIDEZ BOVINA
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Ao mesmo tempo, tem-se as habituais figurinhas carimbadas, como um ex-deputado com jeito de surfista disposto a fazer cortesia com o chap�u dos outros Maryland (EUA) - Em nova peregrina��o pelas terras de tio Sam, s�o v�rias as constata��es que me levam a uma geral e, nem por isso, menos grave teoria da conspira��o: Osama bin Laden est� na folha de pagamento da CIA. �, s� pode ser isso. O aspecto "carneir�o" da sociedade norte-americana � bem documentado, e est� presente no "way of life" dos nossos irm�os do Norte h� muito tempo, bem antes do surgimento da internet. Este sentido de unidade meio tacanho, associado a uma passividade meio "descolada", s� permite que os habitantes enxerguem as coisas no p�s-fato, e abre uma porteira enorme para que gente como George W. Bush consiga chegar onde chegou. Ao mesmo tempo, tem-se as habituais figurinhas carimbadas, como um ex-deputado com jeito de surfista disposto a fazer cortesia com o chap�u dos outros. Nesse caso, um chap�u no m�nimo controvertido: Joe Kennedy banca o bonzinho com a comunidade pobre de seu estado, Massachusetts, oferecendo �leo de calefa��o oriundo de "doa��es venezuelanas" �queles que n�o podem pagar para esquentar suas resid�ncias no rigoroso inverno dos EUA. A jogada pol�tica � expl�cita, quase obscena: para bater de frente com o atual governo Republicano mais-que-travado, um Democrata de linhagem hiper-liberal n�o hesita em usar um pilantra falastr�o de camisa vermelha que, vira e mexe, busca o "Trof�u Abacaxi" �s custas daqueles a quem ele chama de "Dem�nio"" mas nem por isso deixa de comparecer na boca do caixa, pontualmente, para recolher seus d�lares de venda do petr�leo. Jogo de xadrez complicado, esse. A popula��o dos EUA, de maneira geral, acompanha preocupada, mas impass�vel, a escalada do pre�o da gasolina. Em 2002, ela custava 61 centavos o litro; agora, cerca de 1 real e 40 centavos o litro. Os pre�os dos alimentos, como dizia minha m�e, "est�o pela hora da morte". J� os inconvenientes salamaleques da seguran�a, como o festival do chul� e o quase-strip tease nos aeroportos, s�o mais para ingl�s ver. Nas esta��es ferrovi�rias, esse tipo de carnaval � nulo. Talvez, como sempre, esteja-se esperando uma cat�strofe ao estilo espanhol para inaugurar-se esse tipo de procedimento. Se por um lado a placidez bovina com que o norte-americano m�dio assiste ao desmonte do sistema, comandado pela gan�ncia da fam�lia Bush, pode prever com quase 100 por cento de certeza uma vit�ria Democrata em novembro" j� que aqui, ordeiramente, o troco � sempre dado nas urnas" essa mesma passividade pode ser um pren�ncio fatal de sua obsolesc�ncia, tal como o sistema eleitoral arcaico ainda em vigor nos Estados Unidos da Internet. Explico a necessidade de uma rea��o popular mais urgente e vigorosa: Osama bin Laden � um velho compadre dos gringos Republicanos. Desde a invas�o do Afeganist�o pelos ent�o sovi�ticos, os servi�os de intelig�ncia (?) dos EUA sob os governos Reagan e Bush Pai sempre o tiveram na palma da m�o. Com Bill Clinton, a boquinha parece ter acabado. Insatisfeito, Osama mostrou que n�o � assim que se trata os amigos-bomba e atacou as torres g�meas. Desde ent�o, tomou um ch�-de-sumi�o inexplic�vel, a n�o ser para quem acompanhou a sede com que Bush, o N�scio, se embrenhou numa guerra mal contada; inexplic�vel, exceto para quem sempre se espantou com o poderio tecnol�gico cada vez maior da espionagem; inexplic�vel, menos para quem v� regularmente fitas de video de bin Laden na Al-Jazeera e n�o entende como a espionagem dos EUA ainda n�o foi capaz de interceptar o carteiro. Agora, com a quase certeza de uma vit�ria Democrata em novembro, Osama bin Laden reaparecer�, miraculosamente. Nada impede que, desta vez, por exemplo, ele vaporize Los Angeles ou Washington com uma bomba nuclear, do mesmo jeito f�cil com que conseguiu derrubar duas torres gigantes no cora��o de Nova York. De quem ser� a culpa? Dos servi�os de informa��o? Dos cidad�os que preferiram os Democratas em vez dos Republicanos? O que tudo isso ir� significar para o sistema democr�tico mais aperfei�oado do mundo? Que depois de quase duzentos e cinquenta anos de sangue, suor e l�grimas a democracia se tornou ref�m de um terrorista? Parece que vem coisa ruim por a�, Nostradamus! Tudo indica que apenas uma poderosa corrente mundial de pensamentos positivos poder� mudar esse quadro. Feliz ano novo! Fonte: O Autor
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| Por: Claudio Lessa | Imprimir |
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