Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o dia com um retrocesso de 5,65%
Foto: Redação Depois de uma segunda-feira (21) de quedas nas bolsas pelo mundo, o mercado asiático voltou a registrar fortes perdas nesta terça-feira (22), graças ao temor de recessão na economia dos Estados Unidos, que foi ampliado com a decepção provocada pelo plano de estímulo anunciado sexta-feira passada pelo presidente americano, George W. Bush.
Em Tóquio, segunda principal bolsa do planeta, o índice Nikkei encerrou o dia com um retrocesso de 5,65%, uma perda de 752,89 pontos, a 12.573,05 unidades. Este é o menor nível do índice nipônico, que registrara queda de 5,70% na segunda-feira (21), desde 8 de setembro de 2005.
Em Xangai, a queda foi de 7,22%. O índice composto, que inclui valores do tipo A e B, perdeu 354,68 pontos, a 4.559,75 unidades. Durante a sessão, a cotação do Bank of China foi suspensa.
A Bolsa de Taiwan registrou baixa de 6,51%, com seu índice principal perdendo 528,24 pontos, a 7.581,96 unidades. Hong Kong também sofreu as conseqüências da crise e o índice Hang Seng sofreu queda de 8,65%.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney teve queda de 7,1%. O índice S&P/ASX 200 perdeu 393,6 pontos, a 5.186,80, depois da baixa de 2,9% na segunda-feira.
As cotações em Seul e Mumbai chegaram a ser suspensas no decorrer do dia. A Bolsa sul-coreana encerrou a sessão com perdas de 4,4% do índice KOSPI. Antes do fechamento, o mercado indiano chegou a registrar queda de 9,7%, o que provocou a suspensão automática dos negócios.
Dia de crise
As ações européias despencaram na segunda-feira (21), perdendo mais de US$ 300 bilhões na sua maior queda desde os ataques de 11 de setembro, à medida que o temor de uma recessão nos Estados Unidos deu início a uma fuga das bolsas.
Segundo dados preliminares, o índice que reúne as principais ações das empresas européias caiu 5,33%, para 1.286 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 5,48%. Em Frankfurt, o índice DAX despencou mais de 7%.
Com o grande pessimismo na Europa, outros mercados do mundo também sentiram o "baque". Em dia de feriado norte-americano, em que as bolsas daquele país estão fechadas, o mercado asiático registrou quedas de até 6% e a Bovespa chegou a cair 7% durante a tarde.
Decepção com pacote
A baixa nas bolsas européias foi resultado da decepção dos investidores com o plano do presidente dos EUA, George W. Bush, para amenizar a crise norte-americana. O presidente americano anunciou um pacote de cortes de impostos no valor de 1% do PIB do país (algo entre US$ 130 bilhões e US$ 150 bilhões).
A queda nos principais índices europeus - Frankfurt, Londres e Paris - liderou uma queda nos mercados financeiros do tamanho do PIB somado da Irlanda e Romênia. Entre as maiores quedas, figuraram ações de bancos e de mineradoras, com a expectativa de redução na demanda de commodities básicas.
Repercussão
A presidência da União Européia manifestou nesta segunda-feira a "preocupação" do bloco com a desaceleração econômica nos Estados Unidos e seu potencial impacto na Europa, por conta na queda nas bolsas do continente.
"Estamos todos preocupados. Acompanhamos os acontecimentos diariamente e esperamos que a situação não seja tão má quanto parece", declarou o ministro esloveno das Finanças, Andrej Bajuk.
Este "excesso de volatilidade dos mercados não é boa notícia", comentou o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Joaquín Almunia.
Bolsas asiáticas encerram pregão em forte queda em mais um dia de crise. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o dia com um retrocesso de 5,65%. Em Xangai, a queda foi de 7,22%. Hong Kong também sofreu queda de 8,65%.
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