Categoria Geral  Noticia Atualizada em 23-01-2008

Federação Baiana diz que desconhecia laudos sobre a Fonte
Cinco pessoas foram indiciadas por homicídio após queda da arquibancada do estádio.
Federação Baiana diz que desconhecia laudos sobre a Fonte
Foto: www.g1.com.br

O presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (23) ao G1 que nunca teve acesso a laudos que desqualificavam o estádio da Fonte Nova para realização de jogos de futebol. Rodrigues foi um indiciados pela polícia pelo acidente no estádio ocorrido em novembro passado. Durante uma partida entre Bahia e Vila Nova parte da arquibancada desabou, matando sete pessoas.

Rodrigues foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar), junto com outras três pessoas, na terça-feira (22). Os outros são: Virgílio Elísio, diretor da Confederação Brasileira de Futebol; Raimundo Nonato, o ex-jogador Bobô, que atualmente ocupa o cargo de presidente da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb); e Petrônio Barradas, presidente do Bahia. O diretor de obras da Sudesb, Nilo Santos Júnior, foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar). O G1 entrou em contato com envolvidos e aguarda retorno.

"A FBF desconhece qualquer laudo que desaconselha o uso da Fonte Nova. Ao contrário, só temos documentos que atestam as condições para a realização de partidas. O último laudo que temos conhecimento é de julho de 2007, que também foi enviado para a Subesb e para a CBF. Não temos conhecimento de qualquer outro laudo que modifique essa condição, seja posterior ou anterior", afirma Rodrigues.

Rodrigues disse que ainda não foi informado oficialmente sobre o indiciamento. "Estou surpreso pelo indiciamento, mas tranqüilo em relação a provar minha inocência. Assim que eu for notificado, vou proceder com minha defesa. Aliás, parte da defesa é constituída pelos documentos que estão protocolados com a delegada", diz.

Segundo o presidente, representantes da FBF foram convocados para prestar informações à polícia em dezembro no ano passado. "Em vez de acusarmos, nós protocolamos 17 pastas, totalizando de 600 a 700 documentos, para explicar tudo o que era necessário para programar um jogo", diz.

Rodrigues afirma que detalhou, passo a passo, como são feitos os ofícios com pedidos à Polícia Militar, à Secretaria de Transportes, à Secretaria de Saúde, além dos laudos da Vigilância Sanitária e dos Bombeiros. "O laudo dos bombeiros atesta a capacidade e as condições do estádio para a realização de partidas. Temos os documentos que atestam as condições do estádio assinado por comandantes dos Bombeiros", diz.

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Por:  Gabriel Tanure Sad    |      Imprimir