Categoria Policia  Noticia Atualizada em 27-01-2008

Após ataques a policiais, Egito critica Hamas
Segundo autoridade egípcia, policiais podem atacar palestinos em caso de emergência
Após ataques a policiais, Egito critica Hamas
Foto: Kevin Frayer/AP

O Egito fez as suas primeiras críticas abertas ao Hamas desde a quebra do muro que separava a Faixa de Gaza com a cidade egípcia de Rafah, na última quarta-feira (23).

As autoridades egípcias reagiram principalmente após 38 policiais serem agredidos pelos invasores, alguns deles com gravidade.

Segundo um funcionário de segurança do Egito, que pediu anonimato para a agência de notícias Associated Press, o governo autorizou que os policiais disparem suas armas no caso de serem atacados.

"Essas provocações nos preocupam e nossos irmãos palestinos deveriam se dar conta que a decisão egípcia de recebê-los e aliviar seus forimentos não deveria resultar em ameaças às vidas de nossos filhos das forças egípcias", afirmou o chanceler Ahmed Aboul Gheit, após uma reunião de emergência no Cairo, capital do Egito.

Na Cisjordânia, o presidente palestino Mahmud Abbas se manteve firme nas condições para aceitar uma reunião com os dirigentes do Hamas, uma idéia proposta pelo governo egípcio. Abbas afirmou que retomará as conversas após o Hamas deixar o governo da Faixa de Gaza" hoje, o Hamas governa Gaza, enquanto que o Fatah lidera a Cisjordânia.

Enquanto isto, em Rafah, veículos militares bloqueavam as principais ruas da cidade, o que provocou um caos no trânsito. Perto da fronteira, centenas de soldados fazem um muro humano para tentar bloquear a entrada dos palestinos ao país.

Redução
A fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza continua aberta neste domingo, mas o número de cidadãos palestinos que atravessam pelo local é sensivelmente menor que nos dias passados, constatou a agência de notícias Efe.

A forte chuva sobre Rafah pode ter desanimado os palestinos, também porque a maioria das lojas da cidade egípcia de mesmo nome está fechada e faltam mercadorias desde sábado.

Segundo um comerciante de telefonia celular identificado como Eid, ele teve que fechar seu estabelecimento, porque o atacadista que fornece material do Cairo não conseguiu enviar a mercadoria, já que seus caminhões foram interceptados na passagem do Canal de Suez.

Outros comerciantes afirmam que há instruções da polícia egípcia de não abrir as lojas, para assim não dar aos palestinos motivos para atravessar ao Egito, já que a maior parte deles cruza para comprar mantimentos.

O tráfego de pessoas neste domingo era de dezenas - não milhares ou centenas dos últimos dias -, apesar de a Polícia egípcia e a palestina posicionada dos dois lados da fronteira se limita a ordenar o trânsito, mas não impede a entrada ou a saída.

No entanto, é difícil sair da cidade de Rafah para outros lugares do Egito, já que a polícia local bloqueou todos os acessos e só permite o tráfego entre essa localidade e a fronteira.

As estradas principais e secundárias estão bloqueadas por postos policiais, em uma aparente tentativa de confinar todos os palestinos em Rafah e facilitar o retorno ordenado à Faixa de Gaza.

O governo egípcio não anunciou oficialmente, em nenhum momento, que pretende fechar a fronteira.

Após ataques a policiais, Egito critica Hamas. Segundo autoridade egípcia, policiais podem atacar palestinos em caso de emergência.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir