Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 03-02-2008

Porteiro de prédio que pegou fogo diz que ficou em pânico .
Funcionário de edifício no Centro de SP conseguiu escapar sem ferimentos.
Porteiro de prédio que pegou fogo diz que ficou em pânico .
Foto: Reprodução/TV Globo

O porteiro Moacir Santana ainda tentava dormir as 12h deste domingo (3), após presenciar o incêndio que destruiu durante a madrugada o prédio onde ele trabalha há oito meses, na região da Praça da Sé, Centro de São Paulo. "Não estou conseguindo (dormir). Estou meio abalado", afirmou.

O edifício, na Rua Roberto Simonsen, abrigava a seguradora de saúde Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas. O fogo começou por volta das 1h40 e foi controlado às 3h15.

"Durante a vistoria no teatro escutei

alguns barulhos. Achei que era um bicho. Botei a lanterna entre as cadeiras e não vi nada demais. Desci para a recepção e de repente o alarme começou a disparar. Aí o pânico tomou conta de mim", desabafa o porteiro. Ele diz que ainda voltou ao teatro e viu o teto sendo consumido pelas chamas.

Santana conta que não estava sozinho no edifício. Um colega do setor de internação também estava no local e, segundo o porteiro, não acreditou quando ouviu o alarme. "A internação fica um pouco mais ao fundo. Ele não estava sabendo. Achou que era brincadeira. Ele disse "Moacir, desliga esse alarme aí". Eu saí correndo desesperado e o fogo já tomou conta de tudo."

Santana conta que ainda teve tempo de acionar a polícia e os bombeiros. Ele e o colega conseguiram sair do prédio sem sofrer ferimentos.

Perícia
O edíficio passou por perícia do Instituto de Criminalística (IC) no início da manhã, de acordo com a secretaria de Segurança Pública. Um laudo sobre o ocorrido deve estar pronto em, no mínimo, 30 dias.

Segundo o tenente da Polícia Militar João Dmytraczenko, as chamas deixaram danos graves que comprometeram o prédio, que tem dois andares e o subsolo. O Corpo de Bombeiros enviou 12 equipes ao local. O incêndio não chegou a atingir os imóveis nas proximidades.

O cabeleireiro Sandro Brito da Silva, de 21 anos, morador de um edifício no mesmo quarteirão onde se localiza Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas, disse que viu o momento do início do incêndio.

"Estava assistindo à TV quando percebi um barulho estranho. Quando fui até a sacada senti o calor e vi as labaredas. Vi o momento em que parte do teto desabou", afirmou Brito da Silva.

O imóvel atingido foi tombado pela Prefeitura de São Paulo em 1995. O prédio teve sua construção concluída no ano de 1909, com projeto original em estilo eclético, e sofreu várias intervenções de estilo ao longo de sua história.

Porteiro de prédio que pegou fogo diz que ficou em pânico .

Funcionário de edifício no Centro de SP conseguiu escapar sem ferimentos.


Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Felipe Campos    |      Imprimir