Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-02-2008

Audiência pública de Nuon Chea é adiada no Camboja
A primeira audiência pública do antigo dirigente do Khmer Vermelho Nuon Chea, de 82 anos, foi adiada
Audiência pública de Nuon Chea é adiada no Camboja
Foto: AFP

Phnom Penh, 4 fev (EFE) - A primeira audiência pública do antigo dirigente do Khmer Vermelho Nuon Chea, de 82 anos, foi adiada hoje por tempo indeterminado por considerações burocráticas, já que o advogado estrangeiro de defesa ainda não tem o credenciamento da Associação de Advogados do Camboja.

A audiência de hoje no tribunal internacional estabelecido por ONU e Camboja para julgar o Khmer Vermelho por genocídio e crimes contra a humanidade deveria decidir sobre o pedido de liberdade condicional solicitado pelo acusado.

O presidente da sala ordenou aos advogados de Nuon Chea que preparassem e apresentassem um documento sobre a situação legal do jurista holandês Victor Koppe.

A Associação de Advogados do Camboja rejeitou o credenciamento de Koppe para poder atuar no país depois que este assinou uma moção para recusar o juiz cambojano Ney Thol no tribunal internacional.

Nuon Chea, o "irmão número dois" e ideólogo do Khmer Vermelho, foi detido em setembro passado em sua casa de Pailin (noroeste), antigo bastião do grupo, onde morava como homem livre desde que trocou as armas pelo perdão governamental, em 1999.

Cerca de dois milhões de pessoas morreram por causa da crise de fome, de doenças e dos expurgos cometidos pelo regime do Khmer Vermelho, que durou de abril de 1975 a janeiro de 1979.

Outras quatro pessoas foram detidas no ano passado e esperam julgamento nos calabouços do tribunal internacional, estabelecido em Phnom Penh.

São eles: Khieu Samphan, de 76 anos, ex-presidente da República Democrática do Camboja; Ieng Sary, 82, ministro de Assuntos Exteriores; Ieng Thint, de 75 anos, mulher do último; e Kang Kek Iew, mais conhecido por "Duch", antigo chefe do centro de torturas S-21 de Phnom Penh, onde morreram 14 mil pessoas.

Pol Pot, o "irmão número um" e primeiro-ministro, morreu na selva cambojana em 1998.

Audiência pública de Nuon Chea é adiada no Camboja por questões burocráticas.

Fonte: http://noticias.uol.com.br
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir