Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-02-2008

Foliões de Salvador perdem a conta de quantas bocas beijam.
Jovens dizem que não dá tempo de ficar contabilizando o número de parceiros.
Foliões de Salvador perdem a conta de quantas bocas beijam.
Foto: Danilo Gomes/G1

A rapidez da abordagem e o clima de festa nas cordas dos blocos são desculpas que os jovens usam para beijar várias pessoas no carnaval de Salvador. O folião Valter Júnior, de 24 anos, conta que sua média varia de 25 a 30 meninas por dia.

Durante entrevista ao G1, Júnior disse que beijaria uma menina naquele exato momento. "Quer que eu pegue uma garota aqui e agora para você ver como é?", questionou. Ele não teve dúvidas. Olhou para o lado e deu um beijo em Ana Naira, 22 anos, a primeira mulher que passava ao seu lado no circuito Campo Grande-Avenida. "A coisa é assim mesmo. As pessoas chegam beijando", disse Ana.

Camila Dutra, 21 anos, fala que nem contou o número de rapazes que beijou durante este carnaval em Salvador. "Não dá tempo de pensar. É tudo muito rápido e, por isso, já perdi a conta". Eliana Vaz, 28 anos, também não gosta de perder tempo e parte logo para o beijo. "Adoro beijar! Não penso em outra coisa", garante.

Nem tudo são beijos
O ato, apesar de prazeroso, pode esconder doenças como mononucleose, herpes e hepatite B, que são transmitidas pela boca. "Se eu pegar 'sapinho' só vou me preocupar com isso depois do carnaval. Agora tudo é festa", decreta Camila.

"As coisas acontecem tão rápido que não me preocupo se corro o risco de pegar doenças", garante o beijoqueiro Valter. Já Fernanda Reis, 25 anos, é enfática: "Não dá para ficar escolhendo as bocas!" Ela conta que já viveu tempos melhores em outros carnavais. "A fase não está boa! Hoje, só beijei três. Apesar disso, acho que está de bom tamanho", palpita.

Tomoko Maekawaza, Cochilo Quanda e Mutsumi Sugiyama vieram de Tóquio em busca de muitos beijos na boca (Foto: Glauco Araújo/G1) Gosto especial
Um grupo de 30 japoneses veio de Tóquio só para conhecer o sabor do beijo na Bahia. A vendedora Tomoko Maekawaza, de 22 anos, chegou em Salvador para curtir o carnaval e se gaba de já ter conquistado um brasileiro. "Baiano é bom. Beija muito e gostoso", declarou.

Apesar do nome, o engenheiro Cochilo Quanda, 26 anos, disse que não quis saber de dormir no ponto em Salvador. "Eu também já "peguei" uma baiana. Se fosse possível, a levaria para o Japão. Acho que é mais certo que eu venha morar em definitivo na Bahia", comentou.

Quanda acredita que as pessoas no Japão têm o coração fechado. "No Brasil, as pessoas são mais legais e com coração totalmente aberto", disse.

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Jovens dizem que não dá tempo de ficar contabilizando o número de parceiros.



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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir