Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-02-2008

Missa marca um ano da morte do menino João Hélio
Abalados com a data, pais do menino não compareceram à igreja
Missa marca um ano da morte do menino João Hélio
Foto: Alice Assumpção / G1

Cerca de 200 pessoas, dentre elas o secretário de Segurança José Mariano Beltrame, compareceram à missa realizada no início da tarde desta quinta-feira (7), na Igreja da Candelária, em memória do primeiro ano da morte do menino João Hélio Fernandes.

Segundo amigos e familiares presentes, os pais de João não compareceram à cerimônia, porque estavam muito abalados com a data.

A criança de 6 anos foi arrastada por sete quilômetros depois que o carro de sua família foi roubado. João não conseguiu se desvencilhar do cinto de segurança no momento do assalto e ficou preso do lado de fora do veículo durante a fuga dos criminosos. Recentemente a Justiça condenou os quatro acusados pela morte do menino a mais de 30 anos de cadeia.

Outras vítimas
Outras 15 vítimas da violência também foram lembradas na cerimônia. Cristina Sabre, a mãe do menino Pedro Bruni, morto pela babá em 2006 aos 8 anos, falou durante a missa e pediu por justiça ao ser cumprimentada pelo secretário José Mariano Beltrame.

Cristina faz parte do grupo Anjos pela Paz, que organizou a homenagem às vítimas da violência no Rio de Janeiro.

"Somente nós, mães, sabemos da força que precisamos ter para estarmos aqui hoje. Essa força que nos permite enfrentar os erros médicos, os acidentes de carro e as balas perdidas", disse ela aos presentes. A babá, que foi flagrada agredindo a criança por câmeras escondidas instaladas pelos pais, será julgada em março.

No mesmo rabecão

A senhora Marlene Soares da Costa perdeu o neto, de 10 anos, no mesmo dia de João Hélio.

"Eles morreram no mesmo dia, estiveram no mesmo rabecão e foram enterrados no mesmo cemitério. Meu neto morreu por omissão de socorro. Passando mal de bronquite, ele foi socorrido por um senhor que prometeu levá-lo ao hospital, mas teve a atitude cruel de deixá-lo no meio do caminho, na rua. Ele disse que não queria que ninguém morresse no seu carro. Gabriel agonizou na calçada por 40 minutos", explicou a avó, que, como as outras mães e familiares presentes, estava muito emocionada.

Missa marca um ano da morte do menino João Hélio. Abalados com a data, pais do menino não compareceram à igreja.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Felipe Campos    |      Imprimir