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Mãe luta por justiça para filho morto em seqüestro

Matteo Lorezentti foi morto mesmo após pagamento do resgate, em São José dos Campos.
Mãe luta por justiça para filho morto em seqüestro

Foto: G1

Desde que seu filho, Matteo Lorezentti, foi assassinado durante um seqüestro mesmo após o pagamento do resgate exigido, Beatriz Lorenzentti luta por justiça e tem uma missão: pôr na cadeia todos os envolvidos na morte do filho. O crime aconteceu no dia 21 de junho de 2007, em São José dos Campos, a 91 km de São Paulo.

Beatriz busca provas até em outros estados, cruza informações e cobra empenho das autoridades. Uma vez por mês, vai à estrada onde o filho foi assassinado. "Eu venho e imagino o que ele deve ter passado", conta.

Desde que seu filho, Matteo Lorezentti, foi assassinado durante um seqüestro mesmo após o pagamento do resgate exigido, Beatriz Lorenzentti luta por justiça e tem uma missão: pôr na cadeia todos os envolvidos na morte do filho. O crime aconteceu no dia 21 de junho de 2007, em São José dos Campos, a 91 km de São Paulo.

Beatriz busca provas até em outros estados, cruza informações e cobra empenho das autoridades. Uma vez por mês, vai à estrada onde o filho foi assassinado. "Eu venho e imagino o que ele deve ter passado", conta.

Filho mais velho de Beatriz, Matteo era formado em administração de empresas. Era o herdeiro da fábrica de embalagens da família, em São José dos Campos. Imagens exclusivas, do dia 21 de junho de 2007, mostram os últimos momentos de Matteo. Ele foi abordado e dominado no estacionamento da fábrica por um homem; logo depois outro pulou o muro.

Em seguida um casal entra no carro. Identificados pela polícia como Camila França, estudante, e seu namorado, Gabriel Batista, os dois continuam foragidos, e é por eles que Beatriz procura. As imagens de um banco mostram quando Camila sacou R$ 1 mil, usando a senha e o cartão de Matteo. Uma hora depois, a quadrilha exigiu pagamento de resgate.

O circuito interno da empresa registrou quando o pai do rapaz saiu com o valor combinado dentro de um saco de lixo e o deixou na calçada. De carro, os criminosos passaram e pegaram o dinheiro.

Apesar de a família ter cumprido todas as ordens dos seqüestradores, Matteo foi assassinado com um tiro no nuca. Um dos criminosos, Rafael Morgilo, trabalhou na empresa da família. Para não ser reconhecido, Rafael mandou executar a vitima.

Investigação
Rafael Morgilo foi preso com o cúmplice Alex Sandro da Conceição, cinco dias depois do crime, na cidade de Salto, a 105 km de São Paulo. Na época, ele acusou o comparsa Gabriel Batista pelo assassinato. Agora, a versão é outra. "Ele acabou informando extra-oficialmente que teria executado a vítima", diz o delegado Paulo Pereira de Paula.

Para a mãe de Matteo, não importa quem apertou o gatilho. Beatriz criou uma rede de coleta de informações, usando a internet. Já conseguiu várias pistas importantes - algumas, só revela para a polícia. Seu objetivo é encontrar o casal foragido. Beatriz já descobriu que Gabriel e Camila ficaram 20 dias na cidade, depois do crime, e que fugiram com a ajuda de amigos.

"Ela está fornecendo todos os subsídios para a policia, para dar a eles elementos para prosseguir uma investigação", afirma o advogado da família, Henrique Ferro.

Alto padrão
Gabriel morava em um condomínio de alto padrão, com os pais adotivos.
Ele foi campeão de tênis, mas - segundo a polícia - trocou o esporte pelas drogas e levou a namorada para o vicio.

No prédio onde Camila morava, ninguém quis atender a reportagem do Fantástico. Ela é filha de um dentista, oficial da Polícia Militar. Em uma mensagem eletrônica enviada à família de Matteo, a mãe de Camila defendeu a filha, dizendo que será provado que ela é inocente.

O trabalho de investigação da mãe de Matteo já resultou em informações valiosas sobre os dois foragidos da Justiça. Beatriz Lorezentti sabe que eles não estão mais juntos. E o principal: a suspeita é que Gabriel esteja em Minas Gerais; e Camila, no Rio de Janeiro.

"Ela tem se mostrado uma guerreira. Certamente, num dado momento, o resultado vai ser positivo", elogia o delegado.

"Se eu conseguir a prisão desse casal, vou ficar mais tranqüila emocionalmente, em uma pequena parte. Acho que é minha obrigação. É minha obrigação para o meu filho", diz Beatriz.
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Matteo Lorezentti foi morto mesmo após pagamento do resgate, em São José dos Campos.

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Por: Felipe Campos | Imprimir