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Trabalhadores e Polícia transformam capital do Panamá

Estudante joga pedras em policiais durante protesto no Panamá. Milhares de trabalhadores do setor da construção protestavam por morte
Trabalhadores e Polícia transformam capital do Panamá

Foto: Elmer Martinez/AFP

Panamá, 13 fev (EFE) - Milhares de trabalhadores do setor da construção transformaram hoje a capital do Panamá em um campo de batalha, ao bloquear as principais avenidas e entrar em choques com a Polícia.

Os trabalhadores estavam armados com pedras e paus e protestavam pela morte, na terça-feira, de um companheiro que foi baleado pelas costas por um policial, após uma manifestação na cidade de Colón, ao norte da capital.

Os protestos foram convocados originalmente pelo Sindicato íšnico da Construção e Similares (Suntracs) para reclamar do custo de vida no Panamá e pedir a adoção de medidas legais que garantam a segurança dos trabalhadores do setor no exercício de sua profissão.

Desde o início da manhã, os operários bloquearam as principais vias da cidade e os acessos à capital, mergulhada em um caos de trânsito, o que impediu a chegada de milhares de pessoas a seus trabalhos.

O saldo dos protestos convocados na terça-feira pelo Suntracs foi de um morto, dois feridos e pelo menos 31 detidos na cidade de Colón, além de violentos confrontos na capital.

A esta manifestação se somaram os estudantes da Universidade do Panamá, estatal, que ontem à tarde foram dispersados pela Polícia com bombas de gás lacrimogêneo no centro da capital.

Airomi Smith, membro do Suntracs, foi atingido ontem nas costas em Colón por um agente da Polícia Nacional, após participar de um confronto entre os trabalhadores e soldados das forças da ordem.

A Polícia admitiu que um de seus agentes atirou em Smith, após se sentir ameaçado por um "tumulto" que tentou desarmá-lo e seguindo o "procedimento policial" previsto em lei nestes casos de violência, assegurou em comunicado.

O presidente do Panamá, Martín Torrijos, disse hoje que ordenou uma investigação rigorosa sobre a morte do operário para saber o que aconteceu.

Torrijos se solidarizou com os parentes da vítima e pediu que a sensatez e a tolerância imperem.

Em agosto passado, os operários Osvaldo Lorenzo e Luis Antonio Argüelles, também do Suntracs, morreram em choques com integrantes de outro sindicato, do mesmo setor, e a Polícia.

Trabalhadores e Polícia transformam capital do Panamá em campo de batalha.

Fonte: http://noticias.uol.com.br

Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir