Categoria Economia  Noticia Atualizada em 14-02-2008

Petrobras afirma que informações sigilosas foram furtadas
Segundo a empresa, dados eram sobre novas reservas de petróleo e gás. A estatal afirma ter cópias das informações furtadas
Petrobras afirma que informações sigilosas foram furtadas
Foto: G1

A assessoria de imprensa da Petrobras confirmou, na manhã desta quinta-feira (14), que dados sigilosos sobre a descoberta de novas reservas de petróleo e gás, foram furtados. A empresa sabe do crime desde o dia 1º de fevereiro.

De acordo com as primeiras informações, os equipamentos estavam em um contêiner que tinha sido despachado de uma plataforma de pesquisa da Bacia de Campos para a superintendência da empresa em Macaé, Região Norte Fluminense. Segundo a companhia, o cadeado de segurança do material havia sido trocado.

Por volta das 14h, a Petrobras divulgou uma nota sobre o assunto.

Investigações
A primeira informação era de que um notebook e dois discos rígidos haviam desaparecido; depois, a assessoria da Petrobras afirmou que foram dois notebooks e um disco rígido; por fim, confirmou apenas que houve furto de informações, sem especificar em que forma.

Segundo a empresa, ainda não há pistas sobre os autores do crime, embora a Polícia Federal (PF) já esteja apurando o caso. A PF foi procurada pelo G1, mas ainda não se pronunciou sobre o caso. A assessoria informou ainda que a Petrobras tem cópia de todas as informações contidas nos equipamentos furtados.

Nova fonte de petróleo
A Petrobras não confirma sobre qual reserva de petróleo as informações furtadas se referem. Entretanto, no fim do ano passado, o governo federal anunciou com festa a descoberta de uma nova reserva de petróleo no Poço de Tupi, na Bacia de Santos, estimada entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo.

Segundo a empresa, isso aumentaria as reservas brasileiras de petróleo, hoje pouco abaixo de 14 bilhões de barris, em cerca de 50%. De acordo com o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), geólogo Giuseppe Bacoccoli, as novas reservas terão papel importante na auto-suficiência brasileira de petróleo no longo prazo.

O petróleo leve da Bacia de Santos, segundo estimativas, tem um custo quatro vezes mais do que o pesado, porque está realizado em águas ultraprofundas. Para retirá-lo das fontes localizadas a mais de 6 quilômetros de profundidade, a Petrobras deve ter um custo de US$ 30 por barril, ante os atuais US$ 7,50. Entretanto, a variedade leve é mais valiosa, pois é mais facilmente transformada em combustível.

Por conta do alto custo da produção e de estudos ainda não realizados, a Petrobras estima que esta fonte de petróleo atinja seu pico de produção em 10 ou 15 anos.

Petrobras afirma que informações sigilosas foram furtadas. Segundo a empresa, dados eram sobre novas reservas de petróleo e gás. A estatal afirma ter cópias das informações furtadas.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir