Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-02-2008

Veja imagens de dentro de prédio implodido em SP
Câmeras controladas à distância mostraram demolição na cobertura e no quinto andar. Imóvel de 16 andares foi ao chão em menos de 5 segundos
Veja imagens de dentro de prédio implodido em SP
Foto: G1

A empresa que implodiu um prédio de 16 andares na Zona Sul de São Paulo instalou câmeras de vídeo controladas à distância na parte de dentro da estrutura. As imagens mostram como foi a implosão de menos de 5 segundos na cobertura e no quinto andar. O prédio implodido domingo (17) de manhã na Avenida Luís Carlos Berrini vai dar lugar a um novo edifício de 34 andares.

Veja o site do SPTV.

Do alto e em câmera lenta é possível ver o momento em que o imóvel começa a ruir.
Primeiro, os explosivos são detonados com uma diferença de frações de segundo. A impressão é que os primeiros andares se desmancham. Os pavimentos acima caem em bloco, inclinados para a frente. Essa era a intenção da equipe, para garantir que o edifício construído bem atrás ficasse intacto.

Cerca de 100 pessoas se concentraram na Praça James Maxwell para ver o espetáculo. O prédio foi ao chão às 10h, em quatro segundos. De acordo com o engenheiro responsável pela implosão, Manuel Rios, não houve feridos e nem uma vidraça sequer dos prédios vizinhos ficou estilhaçada. A implosão danificou uma rede de abastecimento da Sabesp, consertada no final da tarde.

Logo após a implosão, a avenida ficou tomada por uma nuvem de poeira marrom. O cenário, somado ao som de sirenes, lembrou um filme de guerra.

Funcionários da construtora responsável pela implosão rapidamente recolheram os restos da construção. Pedaços de concreto e de aço foram lançados a cerca de 10 metros do local. Um orelhão e dois carros estacionados na empresa vizinha ao prédio ficaram cobertos de terra.

Operários da Prefeitura de São Paulo avaram o asfalto da avenida e
varreram as calçadas. Ao final do trabalho, o coordenador da Defesa Civil, Jair Pacca de Lima, agradeceu à equipe pelo trabalho realizado e comemorou os bons resultados.

Os agentes da Defesa Civil cumprimentaram o engenheiro Manuel Rios, chamado por alguns deles de Maneco. O engenheiro disse ao G1 que costuma trabalhar junto com a Defesa Civil em emergências. "Eu me sinto integrante da Defesa Civil", disse ele. Um orelhão e dois carros estacionados na empresa vizinha ao prédio ficaram cobertos de terra.

Uma sirene foi acionada por três vezes antes da implosão" às 9h, 9h30 e 9h55 -, para alertar a comunidade e os envolvidos no evento. Às 10h, finalmente soou o toque contínuo, e houve a implosão.

Vazio desde novembro do ano passado, o imóvel não tinha problemas estruturais, segundo a empresa Hochtief, contratada para fazer a implosão. A operação foi a alternativa escolhida pelo novo proprietário para a construção de um novo edifício no terreno, diz a Hochtief.

Para a implosão, uma área de 150 metros em torno do edifício teve de ser esvaziada, incluindo 11 vias entre as ruas Arandu e a Sansão Alves dos Santos. A região é ocupada por prédios comerciais, mas há dois prédios residenciais e algumas moradias térreas. Ao todo, cerca de 300 pessoas tiveram de sair de casa. Elas devem ser autorizadas a voltar a partir das 11h.

Explosivos
Às 17h de sábado (16), a empresa responsável pela operação finalizou a colocação de 100 kg de explosivos em 400 pontos da estrutura do prédio.

A detonação foi realizada a partir de uma central localizada na Praça James Maxwell, distante 200 metros. O engenheiro Rios explicou que os pontos de detonação são

interligados por dois fios: um azul, altamente explosivo, que se desintegra por inteiro a 6,8 mil metros por segundo. E um cor de cobre, que carrega espoletas explosivas acionadas por energia conduzida a mil metros por segundo.

Os operários passaram o sábado colocando os explosivos interligados aos fios em furos de 80 centimetros feitos no concreto. Após a instalação, os explosivos foram empurrados com cabos de madeira até a raiz do concreto.

Veja imagens de dentro de prédio implodido em SP. Câmeras controladas à distância mostraram demolição na cobertura e no quinto andar. Imóvel de 16 andares foi ao chão em menos de 5 segundos.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir