Categoria Policia  Noticia Atualizada em 18-02-2008

Polícia faz perícia no local de morte de criança na Rocinha.
Pai acompanhou os trabalhos da polícia. Ágata, de 11 anos, morreu durante operação policial.
Polícia faz perícia no local de morte de criança na Rocinha.
Foto: Agência

A polícia fez nesta segunda-feira (18) uma perícia no local onde na sexta-feira (15) a menina Ágata Marques dos Santos, de 11 anos, morreu depois de ser atingida por uma bala perdida na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. O disparo ocorreu durante uma operação que estava sendo realizada na favela.

Os trabalhos duraram cerca de duas horas. A delegada Márcia Julião, da 15ª DP (Gávea), que investiga a morte, disse que fez uma reprodução simulada do crime e afirmou que, apesar do atraso da perícia, vai chegar ao autor dos disparos.

Pai acusa polícia
O pai da menina acompanhou o trabalho da perícia. Claudino dos Santos indicou o local de onde teriam partido os tiros que, segundo ele, vieram de um carro da polícia.

"Eu estava na minha janela quando eles apontaram ali. Eu estava na janela, tenho certeza absoluta", disse.

O delegado responsável pela ação, Rodrigo Oliveira, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e a Secretaria de Segurança Pública negam que policiais tivessem chegado à parte alta da Rocinha, onde Ágata levou o tiro quando estava dentro de casa.

Sobre o atraso na perícia, feita três dias depois da morte a delegada declarou: "Eu garanto que não atrapalha, o que atrapalha é que o local foi desfeito. Não há como fazer um exame de local com ele desfeito. Eu soube mais tarde e quando eu soube as providencias foram todas tomadas."

Armas não foram apreendidas
As armas dos policiais envolvidos na operação não foram apreendidas porque o projétil que atingiu a menina não foi encontrado. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML), que deve ficar pronto em 15 dias, pode apontar a trajetória da bala que matou a menina.

A delegada vai chamar para depor os policiais da Delegacia de Cargas (DRFC) que levaram Ágata para o hospital.

Antes da perícia, o pai de Ágata procurou a comissão de direitos humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Polícia faz perícia no local de morte de criança na Rocinha.
Pai acompanhou os trabalhos da polícia.
Ágata, de 11 anos, morreu durante operação policial.


Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir