General norte-americano James Cartwright mostra imagens da explosão de satélite espião por míssel dos EUA para jornalistas no Pentágono
Foto: Heesoon Yim/AP Autoridades americanas disseram ter acertado com um míssil um satélite espião defeituoso que orbitava 210 km quilômetros acima do Oceano Pacífico.
Segundo o Pentágono, o satélite USA 193 perdeu controle pouco depois de seu lançamento, em 2006, e carregava combustível tóxico que poderia ser liberado em uma grande área, colocando em risco a vida de humanos.
Nesta quinta-feira, os militares revelarão se atingiram o tanque de combustível abastecido com cerca de 450 kg de hidrazina, que poderia sobreviver intacto à reentrada na atmosfera.
A China acusou os Estados Unidos de praticar uma política de dois pesos e duas medidas por ter criticado um teste semelhante feito pelos chineses no ano passado.
Na época, um míssil balístico terra-ar de médio alcance atingiu um satélite meteorológico obsoleto, sublinhando o avanço do poderio militar chinês.
O governo chinês pediu esclarecimentos aos americanos e disse estar preocupado com o impacto de uma ação dos Estados Unidos sobre a segurança de outros países e do espaço.
A Rússia criticou a operação, que considerou um pretexto para os Estados Unidos testarem armas de defesa anti-satélite, em resposta à demonstração feita pela China no ano passado.
O Ministério do Exterior russo argumentou que outros satélites já se chocaram contra a Terra no passado sem que isso significasse "medidas extraordinárias".
O armamento utilizado na operação faz parte do sistema de defesa anti-satélite americano.
Míssil numa agulha
O correspondente da BBC em Washington Jonathan Beale ressaltou o caráter ambicioso da operação da madrugada desta quinta-feira, descrevendo-a como "tentar passar um míssil por uma agulha".
Os militares tiveram uma janela de apenas dez segundos para atingir a sonda, a partir do navio de combate USS Lake Erie, estacionado na costa oeste do Havaí.
Segundo o correspondente da BBC, o míssil SM-3 e o satélite viajavam a uma velocidade combinada de 35 mil km/h.
Espera-se que mais da metade dos destroços caiam na Terra em até 15 horas após a colisão, com o restante tardando até 40 dias para voltar ao planeta.
"Quanto menor os destroços, mais chances eles terão de serem consumidos (na reentrada)", disse à BBC o especialista Richard Crowther, do instituto britânico de pesquisas Science and Technology Facilities Council (STFC).
EUA acertam míssil contra satélite defeituoso.
Fonte: http://noticias.uol.com.br
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