Categoria Esportes  Noticia Atualizada em 26-02-2008

No Tricolor, há 'crise' sem feijão
São Paulo revela os cuidados especiais com a alimentação em viagens ao exterior
No Tricolor, há 'crise' sem feijão
Foto: Agência

O feijão é o alimento que simboliza a culinária brasileira. E não é à toa que ele tem lugar garantido na bagagem do São Paulo no vôo desta terça-feira, para Medellín, local do jogo desta quarta, contra o Atletico Nacional, da Colômbia, pela estréia na Libertadores. Quem conta é Turíbio Leite de Barros Neto, fisiologista do clube e responsável pela alimentação dos atletas nas viagens.

- O feijão é obrigatório. Se não tem ele, há crise (risos). A gente leva também o tempero para o alimento e farinha de mandioca. Desta vez estou levando três quilos para dois dias - revela o fisiologista.

Turíbio geralmente viaja antes da delegação para conhecer a cozinha do hotel no qual o grupo ficará hospedado. Ele conversa com os cozinheiros locais, ensina como a comida deve ser preparada e até coloca a mão na massa. Quando o Tricolor esteve no Japão para a disputa do Mundial de 2005, ele precisou participar do preparo das refeições, por causa da grande diferença de temperos usados na culinária japonesa. Já aconteceu também de Turíbio provar a comida em uma viagem do time à Venezuela e reprovar quase tudo, pois o gosto não era agradável...



Fiscalização evita até doping


Para quem pensa que o cuidado com a alimentação é apenas para evitar que os jogadores "estranhem" as comidas, se engana. Há uma rígida fiscalização de tudo o que os atletas consomem, pois existe o risco de doping pelos alimentos. O próprio feijão, tão exigido nos pratos tricolores, quase gerou este problema ao elenco. O episódio ocorreu na Copa Sul-Americana do ano passado, quando o São Paulo esteve na Argentina para enfrentar o Boca Juniors. Sementes de papoula, fonte de morfina, foram encontradas não só no feijão, mas também no frango que seria consumido pelos são-paulinos. Um susto evitado por Turíbio, que inspecionou tudo o que faria parte da refeição do grupo.

- Quando vi o feijão e o frango, reparei nas sementes. Não acho que houve intenção de dopar os atletas, e sim uma certa inexperiência do cozinheiro, que quis incrementar os pratos. Eu sempre provo o feijão, até por ser o mais difícil de fazer para quem não está acostumado, e verifico todos os demais pratos - ressalta.

No Tricolor, há 'crise' sem feijão. São Paulo revela os cuidados especiais com a alimentação em viagens ao exterior.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir