Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 26-02-2008

Troca de butijão pode ter causado explosão em prédio
Nove pessoas ficaram feridas, segundo os bombeiros. Dois filhos do empresário estão entre as vítimas
Troca de butijão pode ter causado explosão em prédio
Foto: globo

Ainda muito abalado por causa da explosão em sua fábrica de bijuteria que feriu nove pessoas num prédio na Rua Regente Feijó, no Centro do Rio, na manhã desta terça-feira (26), o empresário Eduardo Santos, de 72 anos, disse que o acidente pode ter sido provocado durante uma troca de botijão.

Ele contou que atua no local há mais de 20 anos e acha que a troca foi feita pelo filho Renato Santiago dos Santos, de 43 anos, que teve traumatismo craniano, fratura no fêmur e 70% do corpo queimado. Ele está internado em estado gravíssimo no Souza Aguiar, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde.

"Acho que a explosão aconteceu quando ele (Renato) fazia a troca do botijão, mas ele fazia isso há vários anos. É um procedimento que não tem muitos riscos", disse Eduardo.

O empresário afirma ainda que sua empresa é legalizada. De acordo com o superintendente da Defesa Civil, coronel Francisco Bragança, uma mudança na legislação permite que sejam usados botijões de gás em locais que também são abastecidos com o gás canalizado, mas para isso é preciso uma autorização na Justiça.

O empresário está no hospital Souza Aguiar aguardando informações sobre o estado de saúde de dois filhos. Além de Renato, Tânia Santiago dos Santos foi a última vítima a ser resgatada dos escombros. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.

Explosão e desabamento
Bombeiros resgataram nove pessoas do prédio que desabou parcialmente depois que um botijão de gás explodiu na Rua Regente Feijó, no Centro do Rio.

Os agentes continuam no prédio. Eles querem se certificar que não há mais pessoas sob os escombros.

Outra vítima soterrada, Fabiana Ferreira da Silva, de 30 anos, tinha sido levada para o Souza Aguiar, mas a Secretaria municipal de Saúde informou que ela foi transferida para o Hospital do Andaraí, na Zona Norte.

A Secretaria municipal de Saúde confirmou que sete feridos deram entrada no Hospital municipal Souza Aguiar. Segundo a Secretaria, além de Renato Santiago dos Santos, em estado gravíssimo estão: Jedir Veloso, com traumatismo craniano e traumatismo no membro inferior esquerdo; Raimundo Ferreira Filho, com traumatismo craniano; Marisete Monteiro da Silva, com traumatismo craniano; Sidnei Francisco da Costa, com fratura na perna e na mão; e Diego S. Filho, com traumatismo craniano e queimadura no rosto.

Depois de negar que Carla Suelí da Silva Joaquim tivesse sido levada para o Souza Aguiar, a Secretaria confirmou às 11h45 que a paciente deu entrada lá. Ela teve fratura em uma das pernas e passa por exames.

Causas do desabamento
A Defesa Civil já antecipou que somente a perícia do Instituto Carlos Éboli poderá esclarecer o que causou a explosão e desabamento parcial do imóvel que está interditado. A Defesa Civil foi chamada para avaliar os prejuízos causados pela explosão e para garantir a segurança dos pedestres, já que a possibilidade de um novo desabamento não está descartada.

Mais cedo, bombeiros confirmaram que a explosão teria sido causada por um botijão de gás e aconteceu por volta das 8h. No prédio, de seis andares, funciona uma fábrica de bijuterias. Segundo os bombeiros, com a explosão, os dois últimos andares do imóvel desabaram parcialmente. No último andar, mora um casal, que não está entre os feridos.

Com a explosão, parte do concreto também atingiu imóveis que ficam ao redor.

Bombeiros do quartel Central foram chamados às 8h15. Seis ambulâncias foram chamadas para socorrer as vítimas.

A Guarda Municipal informou que a Rua Buenos Aires, que faz esquina com a Regente Feijó, está interditada.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir