Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-02-2008

Premiê britânico defende retorno do príncipe Harry
Premiê britânico defende retorno do príncipe Harry do Afeganistão
Premiê britânico defende retorno do príncipe Harry
Foto: www1.folha.uol.com.br

O premiê do Reino Unido, Gordon Brown, defendeu a decisão do Ministério da Defesa britânico de retirar o príncipe Harry do Afeganistão, e destacou seu "profissionalismo e dedicação".

Em comentários à imprensa durante uma visita a uma fábrica de telecomunicações em Birmingham, no centro da Inglaterra, Brown disse que era preciso levar em conta a situação de segurança.

"Este foi o fator decisivo tomado por nosso pessoal da defesa, e acho que todo mundo verá que é a decisão correta", disse o chefe do governo britânico.

O premiê ressaltou que Harry --filho de Charles e Diana-- "serviu com grande distinção", e o país tem uma "dívida de gratidão" com ele por sua coragem no Afeganistão.

O Ministério da Defesa britânico confirmou nesta sexta-feira a retirada do príncipe do país, Afeganistão depois de notícias sobre seu destacamento terem vazado na imprensa mundial.

"Após uma avaliação detalhada dos riscos para a cadeia de comando, foi adotada a decisão de retirar imediatamente do Afeganistão o príncipe Harry", diz um comunicado ministerial.

"Esta decisão foi adotada principalmente porque a cobertura da imprensa mundial da presença de Harry no Afeganistão poderia ameaçar a segurança daqueles que estão mobilizados neste país, e apresentar riscos para ele mesmo como soldado", acrescenta o texto, que não anuncia a data exata do retorno do príncipe ao Reino Unido.

Harry, o terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, estava servindo ao Exército no país desde dezembro. Segundo a imprensa do Reino Unido, o Ministério da Defesa teme que o príncipe --tenente no regimento de elite Blues and Royals da Casa Real britânica--possa se tornar um alvo de ataques dos insurgentes talebans. Harry servia na Província de Helmand.

Vazamento

O general Richard Dannatt, chefe do Exército britânico, admitiu na noite desta quinta-feira que deveria receber assessoria dos comandantes sobre o futuro do príncipe, depois de a notícia sobre sua presença no Afeganistão ter vazado na imprensa.

"Agora que a história se tornou pública, analisaremos se seu destacamento continuará",disse Dannatt nesta quinta-feira em um comunicado.

O destacamento do príncipe não havia sido noticiado anteriormente devido a um acordo entre o Ministério da Defesa e a imprensa, segundo a agência de notícias Associated Press.

A notícia vazou por meio de uma revista australiana e um jornal alemão, segundo a AP.

Dannatt disse ontem que ficou "muito decepcionado" com o vazamento da história. Em 2007, autoridades militares anunciaram que Harry não seria enviado ao Iraque devido à publicidade em torno de seu destacamento, que poderia colocar sua unidade em risco.

Tarefas

Durante seu tempo de serviço, Harry foi responsável pela coordenação de ataques aéreos contra alvos do Taleban, de patrulhas a pé em vilas e ações contra supostos extremistas.

"Sua conduta nas operações no Afeganistão vem sendo exemplar", disse ontem Dannatt. "Ele está totalmente envolvido nas operações e corre os mesmos riscos que todos os outros de seu grupo de batalha", acrescentou.

Em entrevistas, Harry comentou a experiência no front: "Eu não tomei banho por quatro dias, não lavei minhas roupas por uma semana. É bom tornar-se uma pessoa normal às vezes".

O príncipe disse ainda que estava ciente de que a divulgação de sua presença no Afeganistão o colocaria em risco.

"É bastante preocupante. Agora que as pessoas sabem que estou aqui, certamente me tornarei um alvo", afirmou.

Premiê britânico defende retorno do príncipe Harry.

Premiê britânico defende retorno do príncipe Harry do Afeganistão.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
 
Por:  Miguel R. Pereira Netto    |      Imprimir