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Abbas diz que ataque israelense é "mais do que um holocausto

Israel atacou Faixa de Gaza e matou pelo menos 32 pessoas neste sábado (1). Entre as vítimas estão crianças e mulheres
Abbas diz que ataque israelense é "mais do que um holocausto

Foto: G1

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, considerou neste sábado (1) que a ofensiva israelense em Gaza é "mais do que um holocausto" - uma expressão usada por Israel em suas ameaças contra este território palestino. Os dirigentes israelenses, no entanto, negam ter utilizado este termo.

Na sexta-feira (29), porém, o vice-ministro da Defesa de Israel, Matan Vilnai, fez a afirmação: "Quanto mais o lançamento de foguetes se intensificar e um maior alcance os foguetes atingirem, os palestinos atrairão para si um shoah maior, porque nós usaremos todo o nosso poder para nos defender", disse. Shoah é um termo usado pelos judeus para se referir ao Holocausto nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Um porta-voz afirmou que o vice-ministro se referia a um desastre, e não a um genocídio (veja mais no vídeo ao lado).

O número de mortes no ataque deste sábado já chega a pelo menos 32, segundo as agências de notícias. Entre as vítimas estão mulheres e crianças. Esta foi uma das jornadas mais sangrentas dos últimos meses em território palestino, segundo fontes médicas.

Pelo menos 75 palestinos, entre eles 15 em estado grave, foram feridos nos ataques aéreos e na operação terrestre do exército israelense em Jabaliya (norte) e seus arredores.

Desde quarta-feira, as ofensivas israelenses contra Gaza para tentar fazer cessar os disparos de foguetes palestinos contra o território israelense fizeram pelo menos 65 palestinos mortos. Um israelense foi vítima de um foguete disparado quarta-feira.

As últimas mortes elevam a 6.229 o número de pessoas mortas no conflito israelense-palestino desde 2000, em maioria palestinos, segundo contagem da agência de notícias France Presse.

Neste sábado
Fontes da polícia do Hamas disseram que aviões israelenses lançaram três ataques no norte da faixa no começo da manhã deste sábado, que foram seguidos por uma pequena incursão terrestre na zona divisória ao campo, agregaram as fontes.

Vários tanques e veículos blindados do Exército israelense, apoiados do ar por helicópteros irromperam nos bairros de Abu Safeya e antes desses bairros, o que impediu que as ambulâncias pudessem se aproximar em um primeiro momento da zona devido ao intenso fogo.

Testemunhas disseram que um dos mísseis disparados por Israel caiu em uma casa na qual morreram duas crianças: Jaclyn Abu Shabak, de 12 anos, e seu irmão Mohammed, além de outro residente de 45 anos identificado como Basam Obied.

As "Brigadas de Jerusalém", braço armado da Jihad Islâmica, disseram que um de seus militantes morreu e dois ficaram feridos em um ataque aéreo israelense que teve como alvo um grupo de milicianos no bairro Al-Kashef de Jabalya.

Outro miliciano, membro do braço armado do Hamas, as "Brigadas de Ezzedin al-Qassam", morreu em um ataque aéreo contra seu veículo ao leste do campo de refugiados, segundo afirmou o movimento islâmico em comunicado.

O Exército israelense disse que promove uma operação na região norte da Faixa de Gaza cujo objetivo é impedir o disparo de foguetes contra seu território.

As milícias palestinas dispararam uma centena de foguetes e bombas contra localidades israelenses próximas da faixa nos últimos dias, o que causou a morte na quarta-feira de um civil na cidade de Sderot.

Uma porta-voz militar israelense disse para a Efe que no transcurso da operação foram atingidos vários alvos como grupos de milicianos, embora não tenha podido dar mais detalhes sobre a mesma até que seja concluída.

"Temos conhecimento que foram atingidos alvos civis nesta operação e reiteramos que não são o objetivo das operações do Exército israelense", referiu a fonte.

Acrescentou que os alvos das atividades são os pontos de onde os foguetes são disparados contra Israel, ou fabricados e que o Exército "não é responsável se este tipo de atividade é realizada perto de civis".

(*) com informações da Associated Press, Efe e France Presse

Abbas diz que ataque israelense é "mais do que um holocausto"
Israel atacou Faixa de Gaza e matou pelo menos 32 pessoas neste sábado (1).
Entre as vítimas estão crianças e mulheres.

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir