Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-03-2008

Príncipe Harry chega à Grã-Bretanha
O ministério britânico temia que o filho mais novo do príncipe Charles e da falecida princesa Diana se convertesse em um alvo prioritário da Al-Qaeda e de grupos extremistas islâmicos
Príncipe Harry chega à Grã-Bretanha

LONDRES, 1 Mar 2008 (AFP) - O príncipe Harry já está na Grã-Bretanha depois de deixar o Afeganistão, após dez semanas combatendo a milícia talibã.

O príncipe soldado desceu do avião vestido com o uniforme de camuflagem, carregando uma mochila, junto com outros companheiros.

O avião em que viajou pousou pela manhã (11H30 GMT) no aeroporto militar Brize Norton, em Oxfordshire, centro da Inglaterra.

Seu pai, o príncipe Charles, e o irmão mais novo, William, o esperavam na base aérea.

Harry, que há alguns anos só aparecia nas manchetes dos jornais saindo de clubes noturnos de madrugada, ou agredindo um repórter, ou até fantasiado com o uniforme nazista numa festa, agora recebe elogios unânimes da imprensa, do público, dos líderes políticos e da família.

"Estou imensamente orgulhoso do que ele fez", disse o príncipe de Gales na base aérea onde deu as boas-vindas ao filho.

Elogiou também os soldados e a suas famílias, as quais disse compreender melhor agora. "Devemos muita gratidão a essas famílias e a nossos soldados", disse o herdeiro do trono britânico.

A avó, a rainha Elizabeth II, também prestou homenagem ao neto, afirmando que Harry realizou "um bom trabalho numa situação difícil".

A decisão de retirar Harry do território afegão foi tomada depois da revelação, por parte da imprensa estrangeira, de que o príncipe integrava as operações britânicas no país.

O ministério britânico temia que o filho mais novo do príncipe Charles e da falecida princesa Diana se convertesse em um alvo prioritário da Al-Qaeda e de grupos extremistas islâmicos.

"Após uma avaliação detalhada dos riscos para a cadeia de comando, foi adotada a decisão de retirar imediatamente do Afeganistão o príncipe Harry".

"Esta decisão foi tomada principalmente porque a cobertura mundial da presença de Harry no Afeganistão poderia ter um impacto na segurança de todos aqueles que estão mobilizados neste país e apresentar riscos para ele mesmo como soldado".

Harry, de 23 anos, terceiro na linha de sucessão do trono britânico, é o primeiro membro da família real enviado a uma frente de batalha desde a participação de seu tio, príncipe Andrew, na guerra das Malvinas contra a Argentina, em 1982.

Ele foi enviado há dez semanas ao Afeganistão, depois do cancelamento, em maio do ano passado, dos planos para mandá-lo ao Iraque, após as ameaças de grupos rebeldes que pretendiam seqüestrá-lo ou matá-lo.

Em entrevista aos jornalistas enviados para cobrir suas atividades no Afeganistão, em troca de um compromisso de manter silêncio até seu regresso, Harry se disse consciente de que, se sua presença fosse conhecida, poderia virar um alvo para os grupos rebeldes ou para a rede terrorista Al-Qaeda.

Este pacto de silêncio veio por água abaixo na quinta-feira, quando o site americano Drudge Report, que citou uma revista australiana pouco conhecida - e que publicou a informação em meados de janeiro - informou que o príncipe estava servindo no Afeganistão.

A conduta exemplar de Harry no Afeganistão - onde era oficial de ligação com a força aérea para coordenar ataques contra posições talibãs - foi elogiada pelo comando militar britânico, pelo primeiro-ministro, Gordon Brown, e pelos líderes da oposição.

Príncipe Harry chega à Grã-Bretanha.

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir