Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-03-2008

Relação entre Colômbia e Venezuela desde novembro.
A decisão de Hugo Chávez, de fechar sua embaixada em Bogotá põe em seu ponto mais crítico as as relações entre os dois países
Relação entre Colômbia e Venezuela desde novembro.

Bogotá, 2 mar (EFE).- A decisão do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de fechar sua embaixada em Bogotá e militarizar a fronteira com a Colômbia põe em seu ponto mais crítico as as relações entre os dois países, deterioradas desde novembro do ano passado.

A cronologia seguir aponta os momentos mais graves das relações entre Colômbia e Venezuela desde que Chávez começou a mediar no conflito com as rebeldes Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc):

5 de agosto: A senadora colombiana Piedad Córdoba pede a Chávez que defenda um acordo humanitário que permita a troca de seqüestrados em mãos das Farc por cerca de 500 guerrilheiros presos.

- 17 de agosto: O Governo colombiano dá as "boas vindas" à cooperação de Chávez no tema dos reféns.

- 31 de agosto: Uribe e Chávez oficializam em Bogotá a mediação do presidente venezuelano para a troca humanitária.

- 9 de novembro: Os dois líderes falam do acordo humanitário em Santiago do Chile, onde assistem a Cúpula Ibero-Americana.

- 19 de novembro: O Governo colombiano dá prazo até o dia 31 de dezembro para as gestões de Chávez e Córdoba, ao considerar que não há avanços.

- 21 de novembro: Uribe põe fim à mediação de Chávez e Córdoba depois que eles mantiveram contatos telefônicos com o alto comando militar do país, apesar da oposição do governante colombiano a esses contatos.

- 22 de novembro: Chávez aceita a decisão "soberana" de Bogotá de pôr fim a sua mediação, mas a considera "lamentável".

- 24 de novembro: O presidente venezuelano diz sentir-se "traído" por Uribe e destaca que as relações ficarão afetadas, enquanto seu colega colombiano reitera seu "disposição de manter um diálogo construtivo".

- 25 de novembro: Chávez anuncia o congelamento das relações com a Colômbia e chama Uribe de "mentiroso", que por sua vez pede a seu colega para não incendiar "o continente" e o acusa de promover um "projeto expansionista que não entrará na Colômbia".

- 26 de novembro: O governante venezuelano afirma que seu colega da Colômbia é um "porta-voz da oligarquia antibolivariana".

- 27 de novembro: Chávez nega que execute um "projeto expansionista" com a riqueza petrolífera de seu país, qualifica a Uribe de "triste peão do império" e chama para consultas seu embaixador em Bogotá, Pável Rondón, para avaliar os laços bilaterais.

- 28 de novembro: Chávez afirma que, enquanto Uribe for líder da Colômbia, não terá "qualquer relação", nem com ele, nem com seu Governo.

- 18 de dezembro: As Farc anunciam que libertarão a ex-candidata à Vice-Presidência Clara Rojas, seu filho Emmanuel - nascido em cativeiro - e à ex-congressista Consuelo González, como desagravo a Chávez pelo cancelamento de sua gestão.

- 10 de janeiro: Rojas e González voltam à liberdade no departamento colombiano do Guaviare, de onde são transferidas a Caracas para se reunir com seus parentes e Chávez.

- 11 de janeiro: Chávez pede à comunidade internacional que reconheça às Farc e ao Exército de Libertação Nacional (ELN) como grupos insurgentes e os saque da lista de grupos terroristas, uma proposta que é rejeitada pela Colômbia, Estados Unidos e a União Européia (UE).

- 13 de janeiro: O líder venezuelano pede Uribe para ser "audaz" e "dar um passo histórico" em direção à paz, o que, na sua opinião, implica no reconhecimento de beligerâncias das guerrilhas.

- 16 de janeiro: De Manágua Chávez acusa Uribe de ser um instrumento dos EUA que ameaça a paz e a integração da América Latina, e assegura que, desde Bogotá, conspiram para matá-lo e gerar um conflito armado entre ambos países.

- Bogotá envia uma nota de protesto a Caracas na qual pede a Chávez para "cessar as agressões" contra o país e ressalta que o presidente venezuelano "confunde a cooperação com a ingerência".

- 17 de janeiro: A Assembléia Nacional da Venezuela aprova um projeto que reconhece a beligerância às Farc e o ELN, como propôs Chávez, enquanto a Chancelaria afirma que o Governo de Uribe não está comprometido com a paz em seu país.

- 20 de janeiro: Chávez chama Uribe de "covarde e mentiroso" e diz que um "homem assim não merece ser presidente de nada, muito menos de um país", mas "serve para ser chefe de uma máfia".

- 21 de janeiro: Em Paris, Uribe afirma que não responde aos insultos de Chávez, "por respeito ao povo irmão da Venezuela".

- 22 de janeiro: O líder opositor venezuelano Manuel Rosales diz que devem "pedir perdão ao povo da Colômbia pelas agressões" de Chávez.

- 25 de janeiro: Chávez acusa Uribe de estar "forjando" uma "provocação bélica" que poderia "levar a uma guerra" e assegura que os Estados Unidos prepara na Colômbia uma agressão militar contra a Venezuela chamada "Operação Balboa".

- 27 de fevereiro: As Farc libertam os ex-parlamentares Gloria Polanco, Orlando Beltrán, Luis Eladio Pérez e Jorge Eduardo Géchem, em um novo gesto de "desagravo" a Chávez, que anunciou que seguirá "elaborando propostas e fórmulas" para pôr fim ao que chama "guerra civil" colombiana, embora não se entenda com Uribe.

- 1 mar: O Governo da Colômbia anuncia que realizou o maior golpe nas quatro décadas de existência das Farc, ao matar o "número dois" e porta-voz internacional dessa guerrilha, "Raúl Reyes", em solo equatoriano.

Chávez advertiu à Colômbia que seria "motivo de guerra" uma eventual incursão militar desse país na Venezuela na busca de supostos membros das Farc, como a ocorrida no Equador e que, na sua opinião, foi uma "violação da soberania" desse país.

- 2 mar: Chávez ordenou o "fechamento" da embaixada da Venezuela na Colômbia e a mobilização de "10 batalhões" militares em direção a à fronteira com esse país, após acusar Uribe de ser um "criminoso, paramilitar, narcotraficante e lacaio do império".

Também o acusou de mentir sobre o que considerou o "assassinato covarde" de "Reyes", a quem pediu um minuto de silêncio, e de estar por trás do que "pode ser o começo de uma guerra na América do Sul". EFE

Relação entre Colômbia e Venezuela desde novembro.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir