Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-03-2008

Após lutar no Afeganistão, príncipe Harry será promovido
Ele lutou no Afeganistão por dez semanas contra os talibãs. Realeza foi recebido neste sábado (1) pelo pai, o príncipe Charles
Após lutar no Afeganistão, príncipe Harry será promovido
Foto: Andrew Parsons/AP

O príncipe Harry, terceiro na ordem de sucessão ao trono britânico, será promovido no Exército no mês que vem, após ter servido no Afeganistão combatendo militantes talibãs, informam jornais ingleses nesta segunda-feira (3).

Segundo o "The Times" e o tablóide "The Sun", o príncipe, filho de Diana e Charles, tem "garantida" sua promoção, que só deve ocorrer em abril, quando ele completa dois anos de serviços às Forças Armadas da Grã-Bretanha.

Ele também deve receber um aumento de salário -de cerca de 5 mil pounds por ano (aproximadamente R$ 17 mil).

Outro jornal, o "Daily Telegraph", informa, com base em fontes anônimas, que Harry será responsável por treinar jovens soldados que vão lutar no Afeganistão.

volta de Harry

O príncipe Harry retornou na manhã do último sábado (1) a seu país depois de ter passado dez semanas combatendo os talibãs no Afeganistão.

As redes de televisão britânicas transmitiram a chegada ao vivo.

Harry foi retirado imediatamente do Afeganistão, depois que a notícia de seu envio ao país asiático vazou para a imprensa de todo o mundo.

Seu pai, o príncipe Charles, e seu irmão, o príncipe William, receberam na base da Real Força Aérea Britânica de Brize Norton, em Oxfordshire, sul da Inglaterra, informou o Ministério da Defesa do Reino Unido.

Harry, de 23 anos e subtenente do regimento Household Cavalry, partiu na sexta-feira à noite do Afeganistão, onde passou dez semanas combatendo os talibãs, perante o temor de que a difusão da notícia pudesse convertê-lo em alvo dos ataques da milícia afegã.

O príncipe, que foi enviado em segredo em dezembro do ano passado ao país asiático, viaja em um avião de transporte de tropas com aproximadamente outros 170 soldados, a maioria dos quais retornam para casa após terem cumprido suas missões, segundo a cadeia britânica "BBC".

Em declarações antes de ser retirado do país, o príncipe disse que tinha desfrutado sua estadia no Afeganistão, longe da imprensa britânica, e que ele gostaria de outro posto na frente de batalha.

"Não quero ficar sentado em Windsor", disse o jovem, que admitiu que, após ter combatido no Afeganistão, poderia se transformar em um "alvo máximo" para os terroristas no Reino Unido.

O príncipe, o filho mais novo de Charles e da falecida princesa Diana, passou as últimas dez semanas em segredo na província de Helmand (sul afegão), uma das mais perigosas do país e onde se encontra o grosso das tropas britânicas.

Harry atuou no Afeganistão como Controlador de Ataque Conjunto, que consiste em fazer uma vigilância aérea detalhada por trás das linhas talibãs e, inclusive, ordenar ataques aéreos contra posições inimigas.

A Defesa queria manter sua presença no país em segredo, para o que chegou a um acordo com os meios de comunicação em troca do qual estes puderam entrevistá-lo e gravar imagens de seu desdobramento.

No entanto, o site americano "Drudge Report" divulgou a informação, quebrando o pacto, o que serviu de "tiro de partida" para que o resto da imprensa divulgasse as imagens e as entrevistas que já tinham gravadas.

Perante essa situação, os comandantes militares britânicos avaliaram "com detalhe" os riscos de Harry continuar no Afeganistão, onde tinha previsto permanecer com seu regimento várias semanas mais, e concluíram que era necessário tirá-lo dali "imediatamente".

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir